sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

ATIVIDADE DE PORTUGUÊS - FASES DIVERSAS







Elaborei este plano de aula tendo como foco o trabalho ortográfico (R e RR), interpretação e produção de texto, para Fase I, II - porém, durante a elaboração, as idéias foram surgindo. É um texto muito gostoso de ser trabalhado e que dá um excelente debate em sala de aula e produção de texto para Fases III e IV em diante, por isso, fui colocando tópicos das fases para que possam aproveitar ao máximo. Espero que gostem e aguardo resposta.



ORTOGRAFIA - FASE I e II




Minha primeira sugestão é que:



1) Peça as crianças como tarefa de casa que procurem palavras em revistas, jornais com R ou RR, assim elas estarão entrando em contato com a pesquisa, com a leitura, COM REVISTAS E JORNAIS...



2) Em sala de aula, levante todas as palavras encontradas pelas crianças no quadro e faça um trabalho ORAL com cada uma delas, enfocando o som do R e RR, mostrando principalmente a oralidade diferente de cada um nas palavras. "PEÇA PARA QUE PRONUNCIEM EM VOZ ALTA CADA PALAVRA, OBSERVANDO SEMPRE O SOM DO R".



3) Separe junto com os alunos o grupo de palavras com R e peça-os que observem e criem suas próprias regras, sendo que, a professora deverá intervir sempre que necessário para que nenhuma regra seja criada errroneamente. Ex.: CACHORRO, CARRO ( o RR tem som forte e encontra-se sempre no meio da palavra)



RATO, ROUPA, ROSCA (o R no início da palavra tem sempre som forte)



CURSO, CERTIDÃO, AGUARDE ( o R nestas palavras têm som forte - não se usa RR junto com outra consoante)



AJUDAR, PULAR ( o R no final da palavra também tem sempre som forte)



CRIANÇA, QUERENDO (o R está no meio da palavra entre vogais e tem som FRACO - a língua treme)






As atividades acima são um levantamento prévio para a atividade ortográfica do texto abaixo.






Leia o texto para os alunos.






O URSO CHORÃO
Marlene B. Cerviglieri













Eram três ursinhos lindos e saudáveis. Dava gosto ver os três rolando a campina verde na imensa floresta. Todos os animais procuravam sua alimentação durante a manhã logo bem cedinho. O riacho que corria no meio da campina era muito grande de uma água muito límpida, via-se o fundo nitidamente. Eu não gostava muito quando as onças vinham beber água, pois pareciam dóceis mas um certo arrepio passava por mim quando as via. Gostava mesmo era da família dos macacos que sempre estavam na maior das alegrias, e era a minha família. Qualquer graveto ou folhinha já era motivo para brincadeira.



Os pássaros então voavam nas árvores altas, mas desciam também para o solo a fim de ciscarem e às vezes tomar banho. Os jacarés já viviam dentro da lagoa atrás do penhasco. Era um lugar sombrio que eu não gostava muito.Todo cuidado, por ali, era pouco, apesar de reinar uma certa harmonia entre todos os animais. Mas o que estava incomodando ultimamente era o Urso chorão. Os três irmãos brincavam ali perto de minha árvore favorita e sempre podia observá-los. O que será que acontece para que ele chore o tempo todo? Resolvi que iria observá-lo bem atentamente, e assim fiquei de prontidão em cima da árvore.



Lá chegaram os três. Eram tão iguais que só percebi o chorão porque começou a chorar. Foi então que ouvi a mamãe Ursa dizer aos outros:


- Deixem que ele chore, logo ele vai parar.


Mas o Ursinho chorava e gritava. Então um de seus irmãos chegou até ele e disse:



- Meu irmãozinho, você quer brincar comigo? Não houve resposta.




Então o Urso chegou até ele e estendeu-lhe umas folhinhas dizendo-lhe:



- Quer ficar com elas ? - Não houve resposta.




Assim, meio como quem não quer nada, o outro irmão tentou se comunicar com o chorão.



- Ei, vamos brincar de correr para achar formigueiros? - Não houve resposta.



Sendo assim, os dois voltaram para seus folguedos e deixaram o chorão como a mãe havia dito. Foi então que ela chegou até o filho, sentou-se ao seu lado e o abraçou com carinho.



- Meu querido filhinho, mamãe vai contar uma história bem bonita para você!



Devagar ele foi parando de chorar e ficou só soluçando. Vendo esta cena fiquei intrigado. Voei para bem alto onde estavam meus pais e perguntei: Por que, por que ele age assim? Chora e não ouve os irmãos. Ele é muito diferente!



Foi quando minha mamãe me disse:



- Filho, nem todos são iguais, há muitas diferenças. Você já imaginou se todos fossem iguais? Seria um desastre... Cada um tem seu dom, sua inteligência seu modo de ser. Ele é um ser especial e muito feliz.



- Muito feliz! - exclamei



- É muito feliz porque ele tem o amor da família. Talvez ele ainda não perceba que é amado.



- Volte para baixo, creio que agora ele não está mais chorando ou soluçando.



Voei para baixo e fiquei olhando novamente. Agora estavam todos em volta dele falando e rindo. Que coisa estranha, ele parou mesmo de chorar, mas parece que está em outro mundo.



Do meu lado mamãe disse:




- E está mesmo meu filho. O carinho e o amor da família dele logo o trarão para cá, afim de que ele possa ter vida própria.




Quanta sabedoria vinha de minha mamãe, transformando coisas tão difíceis de eu entender em simples fato.



- Gostaria que você fosse a mamãe dele também.



- Não meu filho, cada um tem a sua família, e ele pertence a família dos ursos e não dos macacos.



São lições de vida que aprendi ao longo do tempo e até hoje ainda aprendo no dia-a-dia. A floresta continua calma, aparentemente, com todos os seus perigos ocultos e eu aqui da minha árvore espreito tudo para saber cada vez mais.




- Humanos...



- Olha mamãe, que coruja linda lá em cima!



- Ela é o símbolo da Sabedoria?



- É o que dizem.



Fiquei contente.




- Então é assim, todos são filhos de Deus.




- Exato meu filho!












ATIVIDADES ORTOGRÁFICAS:






1) Vamos separar por grupos todas as palavras com R e RR que estão no texto? Não precisa copiar palavras repetidas.






a) Palavras com RR que tem som forte e encontra-se sempre no meio da palavra:






b) Palavras com R no início da palavra e também tem som forte:






c) Palavras com R no meio e que têm som forte porque não se usa RR junto com outra consoante:






d) Palavras com R no meio da palavra, está entre vogais e tem som FRACO:






e) Palavras com R no final da palavra também tem som forte:






2) Escolha uma palvra de cada grupo acima e forme uma frase com cada uma.






3) Vamos ler o texto novamente, e grifar as palavras que não conhecemos bem?


(relacionar todas as palavras grifadas pelos alunos no quadro, escrevendo seu significado -Para fases I e II a professora procura o significado das palavras no dicionário, para Fases seguintes os próprios alunos pesquisam - é certo que talvez os alunos ainda não saibam manusear o dicionário, mas é muito importante que a professora ORIENTE e não dê a resposta pronta - A PROFESSORA É O ESPELHO PARA O ALUNO)




4) Agora vamos reler o texto para compreendê-lo melhor. (PROFESSORA, SEMPRE FRISE AOS ALUNOS QUE UM TEXTO PARA SER BEM COMPREENDIDO É PRECISO LER VÁRIAS VEZES, TANTAS QUANTAS PRECISAR)




5) INTERPRETAÇÃO:


(Observação: até a letra E, aplica-se à fase I - da letra A até o final para fase II e seguintes)




A) Qual o título do texto e por que ele tem esse nome?




B) Qual o nome da autora do texto?




C) Quantos irmãos ursos eram?




D) Qual a moral da história?




E) Vamos desenhar os personagens da história: O URSO CHORÃO?


----------A interpretação vai até aqui para fase I - depois vá para o Debate e Produção de Texto --------












- Segue a interpretação para Fase II e seguintes-




F) Que animal observava a vida dos ursos do alto das árvores? Resposta: Um macaquinho.
("- Não meu filho, cada um tem a sua família, e ele pertence a família dos ursos e não dos macacos." )

G) Como a mamãe Urso agia quando o filho começava a chorar?

H) Na sua opinião por que o Urso Chorão chorava tanto?

I) De que os dois irmãos do Urso chorão queriam brincar com ele?

J) E por que você acha que ele não quis brincar?




L) Se você fosse irmão ou amigo do URSO CHORÃO, o que você faria para resolver o problema?




M) Você acha que o macaquinho aprendeu alguma coisa observando a família de ursos e os outros animais? O quê?




N) Segundo o texto, qual o animal que simboliza a Sabedoria?




O) O macaquinho fala no texto "Voei para baixo e fiquei olhando novamente..." - Justifique a expressão sublinhada.












6) FASE III e SEGUINTES: ANÁLISE DA ESTRUTURA TEXTUAL:




a) Que tipo de texto é O URSO CHORÃO? Por quê? Resposta: LITERÁRIO. (Supostas justificativas: Porque se trata de uma ficção onde os personagens são animais, porque é um texto inventado...)




b) Quantos parágrafos há no texto?




c) O narrador é personagem? Justifique sua resposta com um trecho do texto. Resposta: SIM. "Eu não gostava muito quando as onças vinham beber água, pois pareciam dóceis mas um certo arrepio passava por mim quando as via. "




d) Reescreva o texto onde somente há o narrador personagem ou seja, o narrador personagem contará a história sem diálogos. Porém, observe os parágrafos - no mínimo 03.






7) PARA DEBATE EM SALA DE AULA: (VALORES)


(Coloque os alunos em círculo para que todos possam se envolver no debate. Deixe que falem, procure intervir de forma que um colega respeite a opinião do outro. Sempre argumente a resposta e com certeza poderão aparecer questões novas que valherão a pena debater, MAS NÃO DEIXE PERDER O FOCO DO DEBATE: "A DIFERENÇA ENTRE AS PESSOAS" - Aposto que será um trabalho proveitoso. SM)




A) Na sua opinião, em nosso meio há diferença entre as pessoas? Quais as principais diferenças que você percebe?




B) Essas diferenças te incomodam? Por quê?




C) Se não houvesse diferenças no mundo, como você acha que a vida seria?




D) Como podemos crescer observando tanta diferença em nosso dia a dia?






8) PRODUÇÃO DE TEXTO:




FASE I e II - Agora, crie um final diferente para a história do Urso Chorão. Solte sua imaginação. VOCÊ É CAPAZ.




FASE III e seguintes - CRIE uma história onde tenha como tema a diferença entre os seres.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

PLANO DE AULA DE PORTUGUÊS IV

A FORMIGUINHA FALANTE

A formiguinha não tem preconceito,
não tem complexo. Ela é demais!


Apesar de ser pequenina,
vai nos apresentar os maiorais.




A Formiguinha...


“Há milhões de anos atrás
os dinossauros dominavam a terra, numa era chamada mesozóica.”




A formiguinha, se não sabem,
vão saber daqui por diante.
Apesar de pequenina,
abusa do elefante.



“ Ei. Narigudo, grandalhão!
Se tamanho fosse documento,
Você seria o rei, não o leão.”

O elefante é forte e manso,
Ajuda o homem nas tarefas,
Carrega peso sem descanso.
Nossa! Ele é forte à beça.

Em se tratando de pescoço,
Ela chega e abafa.
Estamos falando sem dúvida,
Da comportadíssima girafa.

A sucuri, a maior das cobras,
Não evenena e nem afaga.
Ela se enrola em sua presa
E sem pena, a esmaga.

Nadou mar a dentro, uma pequena tainha.
Foi procurar o maior bicho, pra contar pra formiguinha
- Ei. Baleia. Você é o maior peixe já visto?
- Peixe não, tainha. Sou mamífero, insisto.

O maior dos símios sem engano,
É o gorila africano.
Bate no peito fazendo um barulhão,
Pra assustar e chamar a atenção.

O maior mamífero silvestre do Brasil,
Podemos facilmente distinguir.
É a famosa Anta ou Tapir.

O avestruz é a maior das aves,
É muito fácil de notar.
Pesadona, asas curtas,
Que a impedem de voar.

O tigre é o mesmo, mostram os fatos,
Dos felinos, o maior dos gatos.






Ortografia:



a) JUSTIFIQUE O "HÁ" no trecho: “Há milhões de anos atrás os dinossauros dominavam a terra, numa era chamada mesozóica.” Resposta: O HÁ está com H por se tratar de tempo. Ou seja, verbo HAVER indicando TEMPO sempre se escreve com H.



b) Por que o mesmo trecho acima está entre aspas? Resposta: Por se tratar de uma fala de personagem.



c) O que quer dizer COMPRIDÍSSIMA? Resposta: Muito comprida.



d) Procurre no dicionário ou em gramática 5 adjetivos superlativos absoluto sintético (compridíssima) e em seguida escreva em superlativo absoluto sintético (muito comprida) Ex.: linda = lindíssima = muito linda



e) Por que a palavra TAINHA não tem acento? Resposta: Porque apesar do I ser hiato, antes de NH não se usa hífen



f) Retire do texto 3 palavras paroxítonas que seja acentuadas. Resposta: Símios (acentua--se toda palavra paroxítona terminada em ditongo crescente -io), mesozóica (acentua-se por se tratar de um ditongo aberto ÓI - não se acentua paroxítona terminada em A), fácil (acentua-se toda palavra paroxítona terminada em -l)



g) Retire do texto 03 palavras proparoxítonas, justifique o acento. Resposta: MAMÍFEROS, DÚVIDA, COMPRIDÍSSIMA (toda palavra proparoxítona é acentuada)



h) Retire do texto 02 palavras oxítonas acentuadas justificando o acento. RESPOSTA: atrás, você (TODA PALAVRA OXÍTONA TERMINADA EM -A ou -E é acentuada)



i) Por que a palavra SUCURI não é acentuada? RESPOSTA: Não se acentua palavra oxítona terminada em -I.



Agora, vamos analisar o texto?



a) Que tipo de texto podemos classificar? Justifique sua resposta. Resposta: poético porque está em forma de rimas.





b) Há personagens no texto? Se a resposta for positiva, diga qual é ou quais são. Resposta: Sim. A formiguinha, a tainha e a baleia.





c) No trecho: "A formiguinha não tem preconceito, não tem complexo. Ela é demais! Apesar de ser pequenina, vai nos apresentar os maiorais...." quem é o autor? Resposta: O autor é o narrador da história.





d) No trecho: “Há milhões de anos atrás, os dinossauros dominavam a terra, numa era chamada mesozóica.” quem é o autor? Resposta: a formiguinha.





e) Por que motivo a tainha foi quem apresentou à formiga o maior mamífero aquático? E qual é ele? Copie um trecho do texto que justifique sua resposta. Resposta: Porque a formiga não pode nadar. O maior mamífero aquático é a baleia. "Nadou mar a dentro, uma pequena tainha. Foi procurar o maior bicho, pra contar pra formiguinha . - Ei. Baleia. Você é o maior peixe já visto? - Peixe não, tainha. Sou mamífero, insisto."





f) Tendo em vista que este é um texto poético, vamos pesquisar mais sobre os animais citados?



- Altura



- Peso



- Habitat



- Ilustrar cada um com desenho ou gravura.



Observação para professora:



Pedir que os alunos pesquisem em casa, na internet ou mesmo na biblioteca. Este texto foi tirado do livro: OS GRANDES BICHOS - A FORMIGUINHA FALANTE. A seguir vou deixar um pequeno resumo para facilitar para a professora.



* O Brontossauro foi o maior animal que já pisou a face da terra. Calcula-se que chegava a pesar 30 toneladas.



* O elefante é o maior animal de terra firme. Existem duas espécies de elefantes: a africana e a indiana ou asiática. Os maiores são da espécie africana, que chegam a medir 7,5 metros com a tromba e a pesar 7500 kg.



* A girafa é o mais alto animal do mundo. Alcança até 5,50 metros de altura.



* A sucuri, também conhecida como anaconda, chega a medir 10 metros de comprimento, sendo a maior cobra do mundo.



* A baleia azul atinge até 30 metros de comprimento, sendo o maior animal do planteta.



* O gorila de pé pode medir até 1,80 metros de altura e pesar 200 kg. É o maior dos primatas.



* A anta pode medir 2 metros de comprimento e 1 metro de altura. Chega a pesar mais de 170 kg



* O avestruz pode medir até 3,0 metros de altura e correr a uma velocidade de 50 km por hora durante 15 minutos. Em corridas mais curtas atinge até 70 km por hora.



* O tigre é o maior felino sobre o planeta. Chega a medir 3 metros de comprimento e pesar mais de 300 kg.





Ao apresentar o que pesquisaram e com o texto acima pode-se complementar mais alguma coisa, pedir a seguinte tarefa:



1) Os dados coletados em pesquisa foram conseguidos através de que tipo de texto? Resposta: informativo.



2) PRODUZINDO TEXTO:



a) Tendo em vista que o texto poético acima contém falas, vamos CRIAR uma história em quadrinhos com os animais? OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: É PRECISO FRISAR QUE OS ALUNOS DEVERÃO CRIAR, E NÃO COPIAR OU TRANSCREVER O TEXTO POÉTICO ACIMA.



EXPONHA O TRABALHO EM MURAL.



BOM TRABALHO. AGUARDO RESPOSTA, OK?



SIMONE MALTA





segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Interpretação e Produção de Texto



ATIVIDADES DE PORTUGUÊS


Fase :III – CICLO COMPLEMENTAR DE ALFABETIZAÇÃO










1) Leia o texto abaixo com bastante atenção!








CONVERSA FIADA





Era uma vez, um homem muito velho que por não ter o que fazer, ficava pescando em um lago.Era uma vez um menino muito novo que também por não ter o que fazer, ficava pescando no mesmo lago. Um dia, os dois se encontraram, lado a lado na pescaria, e, no mesmo instante, exatamente, no mesmo instante, sentiram aquela puxadinha que indica que o peixe mordeu a isca. O menino puxou com força e precisão. O velho usou mais precisão e menos força. Quando apareceram os respectivos peixes, porém, decepção: o peixe do menino era muito velho e o peixe do velho era muito novo! O velho disse para o menino: "Você não pode pescar este peixe tão velho! Deixe que ele viva o pouco da vida que lhe resta." O menino respondeu: " E o que você vai fazer com esse peixe tão novo? Ele é tão pequeno... deixe que ele viva mais um pouco." O velho e o menino olharam um para o outro e sem perder tempo, jogaram os peixes no lago ao mesmo tempo.

Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago, cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora.



Diléia Frate. Histórias para acordar. São Paulo,

Companhia das Letrinhas, 1996












ATIVIDADES:





2) Complete a ficha abaixo:

a) Título da História:


b) Nome da autora:


c) Editora:


d) Ano da Edição:



3) Vamos reler este trecho:

“ O menino puxou com força e precisão.
O velho usou mais precisão e menos força.”


Preencha o quadro abaixo e nele coloque quem é o personagem e o que cada um fez, de acordo com o que aparece no trecho acima:







PERSONAGEM


O QUE FEZ






PERSONAGEM

O QUE FEZ

4) Quem você acha que tem mais experiência para pescar? Como você percebeu isso?


5) Será que o menino e o velho já se conheciam? Como você descobriu isso?

6) Por que você acha que os personagens não tinham nada para fazer?


7) Todos os dias vimos falar sobre o meio ambiente. Deste texto podemos retirar alguma lição com relação à preservação do meio ambiente? Qual?

8) Quantos parágrafos há no texto?

9) No texto há diálogo entre os dois personagens? Copie um trecho que comprove sua afirmativa.


10) O que você notou de diferente na estrutura do texto? R.: O diálogo entre os personagens não é marcado por parágrafo e travessão, mas sim por aspas.


11) Crie um texto com dois personagens onde suas falas apareçam entre aspas. Obs.: Antes dessa última atividade, a professora deverá explicar o tipo de estrutura apresentada pelo texto acima.















quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

OS TEATROS DOS CONTOS DE FADA





Na Educação Infantil, ou até mesmo na FASE INTRODUTÓRIA, as crianças costumam gostar muito de contos de fadas. Por isso, são a matriz para esta pequena seqüência de atividades teatrais.












Introdução






Na Educação Infantil, as crianças costumam gostar muito de contos de fadas. Por isso, são a matriz para esta pequena seqüência de atividades teatrais.






Conteúdos






-Representação



-Transformação e criação de espaços



-Criação e caracterização de personagens



-Construção de cenários






Ano: Educação Infantil e Fase Introdutória (crianças de 5 a 6 anos)









Tempo estimado: Um mês






Objetivos didáticos



- Criar situações cênicas a partir de personagens ou situações conhecidas das histórias clássicas



- Transformação e criação de espaços



- Criação e caracterização de personagens



- Construção de cenários






Recursos didáticos



- Papel Kraft, papelão, pincéis, tintas e outros materiais para a construção de cenários



- Materiais, como pano, caixas grandes, blocos de madeira, lençóis etc.



- Os próprios móveis da sala de todos os dias: mesas, cadeiras, bancos etc.



- Iluminação: lanternas, lâmpadas ou abajures para criar diferentes possibilidades de iluminação do ambiente, ou sombras.






Organização da classe



Dividir a sala em dois ou três grupos, dependendo da quantidade de alunos






Desenvolvimento das etapas



- Ler e contar diferentes contos de fadas para as crianças



- Após as leituras ou contações, conversar sempre com as crianças sobre os personagens, enredos e ambientes das histórias.



- Propor para as crianças que criem os personagens e ambientes surgidos nos contos de fadas. Por exemplo: um castelo ou uma floresta.



- Propor diferentes oficinas de criação, perguntando: O que há geralmente no salão de um castelo? E numa floresta? Que tipo de personagem existe num castelo e numa floresta? Como podemos mostrar isto?Que roupas usam? É preciso usar maquiagem? Como se caminha ou se comporta num castelo? Há sons? De que tipo? Como podemos nos organizar para fazer os sons de floresta e de castelo? (As crianças podem ser divididas em grupos neste momento: enquanto um grupo apresenta, o outro assiste, e vice-versa.)



- Para enriquecer as pesquisas das crianças, é importante que, juntos, todos vejam livros, revistas ou sites, bem como assistam a filmes que tragam imagens sobre os ambientes e os personagens que estão pesquisando.



- Pouco a pouco, o professor e as crianças podem montar um quadro para ajudar a organizar seus ensaios:



- Nas atividades de Artes Plásticas, as crianças podem confeccionar os cenários que criaram.









Orientações didáticas



- Para desenvolver esta seqüência de atividades, o grupo deve ter um bom repertório de histórias. Assim, é importante que o professor leia ou conte histórias para as crianças diariamente.



- Conversar com as crianças sobre as histórias também é importante, pois é na conversa que as crianças socializarão suas preferências sobre histórias, personagens, enredos, situações. Afinal, O teatro na Educação Infantil deve ser entendido como uma experiência integrada às outras experiências vividas pelas crianças: a leitura de histórias, a brincadeira, a expressão plástica, a música, o movimento.



- A história encenada não precisa ser um conto de fadas. É importante que seja uma história criada pelas crianças, na qual sua autoria esteja presente. Isto é muito mais significativo do que um roteiro que as crianças recebem pronto e de cuja criação não participaram.






Produto final






Ao fim do processo, os alunos podem apresentar sua criação para outras crianças da escola ou até mesmo para os pais, se eles desejarem.






Avaliação






O melhor instrumento de avaliação é observar o envolvimento dos alunos com as atividades, se eles estavam interessados no desafio de transformar os espaços e os objetos com idéias próprias. É importante que, progressivamente, as crianças encontrem novos meios e soluções para fazer isso, mas o professor, ao fim de cada atividade, deve tornar claras para as crianças as suas observações: o que percebeu, como uma ou outra criança resolveu um desafio proposto etc. Assim, a observação se torna também um recurso de investigação e de planejamento.



(Esta foi uma didática passada a mim pela supervisora Dekalaff Werneck, que acho muito interessante para ser trabalhada na sala de aula) Se gostarem, por favor me deixem um recadinho sobre o trabalho feito. ok?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

PLANO DE AULA MATEMÁTICA

Disciplina: Matemática

Fase: IV


Objetivo: Trabalhar as medidas, socialização, conhecimento e elaboração de gráficos.


Atividades:

1) Vamos brincar de medir? Com uma fita métrica, a professora irá medira a altura de todos os alunos. Um aluno ficará encarregado de anotar as medidas, com o nome dos alunos
2) A professora deverá separar a sala em grupos de 4 alunos, e cada grupo ficará responsável pela medida de seus integrantes.
3) Em uma folha, os alunos deverão elaborar um gráfico com o nome e altura de cada um do grupo e em seguida apresentar à classe.
a) Qual o aluno mais alto?
b) Qual o aluno mais baixo?
c) Qual a média de altura do grupo?
Todos os dados ficarão registrados no quadro. Ao final, após a apresentação de toda a classe, deverá ser feito um gráfico geral, de toda a turma com os dados do quadro.

Ex.: Grupo 1

JOAO: 1,50 m PEDRO: 1,45 m MARIA: 1,30m JOANA: 1,29 m



Aluno mais alto: João 1,50 m Aluno mais baixo: Joana 1,29m
Média de altura entre os integrantes do grupo: (soma todas as alturas e divide pelo número de alunos) = 1,38m



Assim, com todos os grupos. Ao final será feito um gráfico com o aluno mais alto, o mais baixo e a média de altura de todos da classe.

Para Casa:

Pesquise em jornais, revistas algum tipo de gráfico, cole em uma folha para uma análise na sala de aula.
A professora deverá pregar os gráficos em um mural.... e pedir que os alunos analisem os diferentes tipos de gráfico que surgirem, estimulando a interpretação de cada um.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

PLANO DE AULA PORTUGUÊS PARA FASES III, IV até a 5ª série




Disciplina: Língua Portuguesa interdisciplinar com Ciências
Conteúdo: Texto Informativo e Texto Literário
* Interpretação de texto
* ORTOGRAFIA
* Valores morais e éticos
Duração: Dependendo da turma 03 a 04 aulas de 50 minutos cada
Público alvo: Fases III à 5ª série
Elaboração: Simone Malta
Objetivo: Estimular a leitura e a comparação dos textos, confrontando-os e estabelecendo as diferentes regras entre ambos. Trabalhar a ortografia, conhecimento de palavras novas aplicando-as em novas frases ou parágrafos. Estimular a imaginação.
TEXTO I
A professora inicia a aula questionando quem já viu um vaga-lume, como ele é, onde é mais fácil encontrá-lo, enfim, fazendo um levantamento prévio e registrando em uma folha ou no quadro.Pode acontecer de alguns alunos dizerem que pegam vaga-lume e prendem em caixas de fósforo – daí vale trabalhar a questão ambiental, será que podemos pegar pequenos insetos e prendê-los só para ficar admirando-os? Como nos sentiríamos se fôssemos presos?... Vaga-lumes foram feitos para ficarem presos e serem admirados ou para viverem soltos na natureza?...
VAGA-LUME
Nome comum: Vaga-lume
Nome em inglês: Glow worm
Nome em Espanhol: luciérnagas
Nome em Italiano: Lucciola
Nome científico: Lampyris noctiluca
Classe: Insecta
Filo: Arthropoda
Ordem: Coleoptera
Família: Lampyridae
Característiccas:
Comprimento: 10 mm (macho); 12 a 20 mm (fêmea)
Característica: Só o macho: 2 asas e élitros

Com seu corpo frágil, cor de terra, a fêmea do vaga-lume pode somente arrastar-se no chão. Como ela faz para chamar a atenção dos machos alados que zumbem no ar quente da noite? Para compensar a falta de asas, desenvolveu-se algo muito especial durante a evolução do vaga-lume: pequenas glândulas que segregam luciferina, uma substância que em determinadas condições se torna luminescente. A luz verde é o sinal para que o macho interrompa seu balé aéreo e venha juntar-se à fêmea.
Essa diferenciação tão marcada entre os sexos é rara entre os coleópteros. Existem espécies relacionadas em que ambos os sexos são alados e luminescentes. A maioria das variedade são pequenos insetos tropicais.
A espécie Lampyris noctiluca é a mais comum no Brasil. Sua larva luminescente é muito parecida com a fêmea adulta. Lesmas e caracóis são seu principal alimento, mas ela é capaz de comer até criaturas muito maiores que ela, injetando-lhe antes um líquido paralisante. O estágio larval dura seis meses, a maior parte dos quais passada debaixo da terra. Ao emitir luz, a fêmea do vaga-lume corre um risco, pois atrai seus predadores como carangueijos, aves e rãs.
Como é produzida a "luz"?
Uma molécula de luciferina é oxidada por oxigênio, em presença de trifosfato de adenosina, ocorrendo assim a formação de uma molécula de oxiluciferina, que é uma molécula energizada. Quando esta molécula perde sua energia, passa a emitir luz. Esse processo só ocorre na presença da luciferase, que é a enzima responsável pelo processo de oxidação. As luciferases são proteínas compostas por centenas de aminoácidos, e é a seqüência destes aminoácidos que determina a cor da luz emitida por cada espécie de vaga-lume. Para cada molécula de trifosfato de adenosina consumida durante a reação, um fóton de luz é emitido. Portanto, a quantidade de luz enviada pelo vaga-lume indica o número de moléculas de trifosfato de adenosina consumidas.
Este processo é chamado de "oxidação biológica" e permite que a energia química seja convertida em energia luminosa sem a produção de calor. As luzes têm diferentes cores, pois variam de espécie para espécie e nos insetos adultos facilitam a atração sexual. Os lampejos equivalem ao início do namoro: são códigos para atrair o sexo oposto. Mas a luminescência também pode ser usada como instrumento de defesa ou para atrair a caça.
Lucia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
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TEXTO II
A REVOLTA DOS VAGA-LUMES
Maria Alice do Nascimento e Silva Luzinger


Nas noites de luar, a terra parece iluminada por um holofote imenso. E na roça, onde não há luz elétrica, as estradas ficam tão brancas, tão claras, que até se pode encontrar um alfinete perdido.
Mas nas noites escuras, quando as trevas envolvem campos e florestas, o vaga-lumes, com suas lanterninhas verdes, iluminam o mundo dos bichos. Um dos bichinhos dizia:
- Vaga-lume, alumia o meu caminho, não enxergo nada, ta tudo tão preto!...
Enquanto outro pedia:
- Vaga-lume, meu filhotinho não voltou ao ninho, vamos procurá-lo?
Sem perder tempo, lá se iam eles, ajudando a uns e a outros. Às vezes, nem chegavam para as encomendas. Os vaga-lumes cresciam de importância porque os outros bichos precisavam deles e sentiam-se valorizados e felizes, desempenhando sua missão com amor e dedicação.
Muitas vezes, quando passavam pela lagoa, viam as estrelas refletidas nas águas e pensavam, orgulhosos, que eram as suas luzinhas que piscavam. As estrelas achavam graça nessa ilusão tão bonita.
Mas lá vinha a lua cheia e dava um peteleco no prestígio e na vaidade dos vaga-lumes. Pois se as próprias estrelas empalideciam ante o brilho da lua, então, pra que vaga-lume?
Os bichos logo perceberam a situação e começaram a zombar das lanterninhas verdes de luz fosforescente:
- E agora, vaga-lume, com esse clarão todo, pra que servem suas lanternas? Será que são contas de vidro?
E riam:
- Quá, quá, quá...
O sapo verde da lagoa era mestre nessas ironias:
- Boa mesmo é a Comadre Lua! Eta, lanterna bacana! Até parece o olho de Deus!...
Do alto de sua importância, a lua cheia zombava, complacente, a zombaria dos bichos, rindo um riso branco e luminoso.
Mas lá voltava o minguante, a lua fraquinha, uma fatia fina de queijo na escuridão do céu, e os bichos precisando dos vaga-lumes de novo, para iluminarem os caminhos da terra.
- Vaga-lume, preciso apanhar umas ervas, alumia a estrada pra mim?
E um bando de pirilampos faziam a noite virar dia iluminando o campo com suas diligentes lanterninhas. A erva para preparar o chá era encontrada, ou os flocos de algodão apanhados para aquecer os filhotinhos nas noites frias.
Durante muitos anos, os vaga-lumes enfrentaram com coragem essa situação injusta, ora felizes, aparecendo sempre que os bichos precisavam deles, ora humilhados, achando que não serviam pra nada. Mas chega um dia em que a paciência se esgota e foi assim que, cansados de tanta ingratidão, os vaga-lumes resolveram fazer greve.
Era uma noite de lua minguante e o céu estava escuro que nem breu. Os bichos, que não desconfiavam de nada, começaram:
- Vaga-lume, corre aqui!...
Mas nada de vaga-lume, a noite continuava tão negra quanto antes.
- Vaga-lume!... Vaga-lume!...
- Não respondem!... Era só o que faltava! Uma noite escura como esta e os engraçadinhos brincando de esconder...
Os bichos confabulavam, tentando descobrir o que teria acontecido. Resolveram mudar de tática e atrair os vaga-lumes com mais jeito:
- Vaga-lume, preciso de suas luzinhas. Pode vir até aqui?
O pedido se fazia mais doce, os bichos caprichavam na delicadeza da voz. Mas qual!... Ninguém sabia por onde andavam os vaga-lumes.
Nessa noite, muito filhote ficou perdido e muito bichinho não pôde dormir com frio ou com espinho espetado na patinha.
No dia seguinte, os bichos se reuniram e foram procurar os vaga-lumes para uma explicação. Mas foi a vez dos vaga-lumes rirem, respondendo maliciosamente:
- Pois não é que faltou óleo nas minhas lâmpadas!
- A minha pilha falhou...
- O vento apagou a minha lanterna...
- Eu fui dormir cedo...
E foram ficando por aí... Os bichos não procuraram se aprofundar no assunto e logo esqueceram o caso.
Ora, aconteceu que tempos depois programou-se na mata uma grande festa para saudar o início da primavera. Os organizadores, a raposa, o macaco e o cabrito, estavam contando coma lua cheia:
- E se a lua falhar nesse dia? Olhe que ela às vezes gosta de brincar de esconder!...
- Não vai falhar, não. Por que haveria de falhar logo nesta noite? E se falhar, chamaremos os vaga-lumes.
- Quem sabe é melhor combinar tudo antes? Eles andam dizendo por aí que não são suplentes da lua e outras coisas... São capazes até de cobrar a iluminação...
- Então deixe pra lá, os vaga-lumes ficam só pra último caso...
E chegou a grande noite: tudo pronto, os doces preparados, as barraquinhas enfeitadas, a orquestra dos sapos presentes e todos vestidos nas suas melhores roupas, mas cadê a lua cheia? Parecia até que Dona Lua entrara nos planos dos vaga-lumes...
Foi aí que começou o corre-corre em busca dos vaga-lumes. Os bichos dividiram-se em grupos, cada um partiu num direção.
Com suas lanterninhas apagadas, os vaga-lumes fingiam dormir. As buscas foram todas inúteis, ninguém sabia onde estavam. Parecia até que tinham desaparecido da face da Terra.
A festa, que dependia de uma boa iluminação, foi um fracasso completo.
No dia seguinte, os bichos, desapontados com o fiasco, procuraram os vaga-lumes, exigindo uma explicação. Como da outra vez, tudo o que ouviram foram respostas espirituosas. Espantados com uma situação nova pra eles, pararam um pouco pra pensar sobre o caso.
Sozinhos ou em grupos, começaram a examinar as causas da estranha atitude dos vaga-lumes.
- Será que a gente não tem sido muito injusta com eles? – perguntou a rolinha para Mestre Rola.
- Acho que sim. Nós nunca pedimos um favor a eles, nós damos é ordens.
No dia seguinte, num tronco de árvore, Dona Formiga comentava com Dona Cigarra:
- Esquisita essa atitude dos vaga-lumes, não é, Dona Cigarra? De repente ficaram tão cheios de si, tão prosas!...
- Sabe, Dona Formiga, acho que eles é que têm razão. Nós estamos sempre pedindo favores, usamos suas lanterninhas verdes e nunca dizemos nem obrigado...
- Pensando bem, a senhora tem razão...
- Sabe, comadre, eu fui ingrado com os vaga-lumes, comentava o Sabiá com a Patativa.
- Ingrato, por quê, Comadre Sabiá?
- Se não fosse a lanterninha do vaga-lume, eu não poderia ter tirado o espinho da patinha do meu filhote. E sabe o que eu deveria ter feito? Deveria ter levado um presente e agradecido. E não fiz nada disso, esqueci logo o favor.
- Engraçada a sua mania de pensar em tudo... Eu nunca me lembraria disso! Mas talvez o compadre esteja certo.
A greve durou quatro luas. E durante quatro luas, os bichos tiveram bastante tempo para pensar em suas atitudes.
E quando no minguante os olhinhos fosforescentes voltaram a brilhar, a mata ficou em festa.
Hoje os bichinhos da floresta dormem sossegados nas noites escuras e sem lua, pois sabem que as lanterninhas verdes estão sempre lá, velando seu sono.

QUESTÕES



INTERPRETAÇÃO: Para que haja interpretação... é preciso compreender o que está escrito e para isso, sugiro que se trabalhe antes a ORTOGRAFIA com o uso do DICIONÁRIO.

ORTOGRAFIA: Para que possamos compreender melhor o que estamos lendo, ou seja, para a compreensão, é preciso que compreendamos também o significado das palavras.
1) Vamos grifar as palavras dos dois textos que achamos que temos maior dificuldades para entender e procurá-las no dicionário relacionando-as abaixo. Obs.: Almas palavras do primeiro texto “VAGA-LUME”, são de origem científica e podemos não encontrá-las no dicionário, mas o que também não impede que entendamos o CONTEXTO.
2) Vamos apresentar oralmente as palavras que tivemos maior dificuldades para interpretar ou que são pouco usadas em nosso dia-a-dia à classe. O primeiro grupo apresenta suas palavras e significados. O segundo grupo apresenta somente as palavras que o primeiro não relacionou e assim por diante. O importante neste momento é que um grupo se interaja com o outro e que todos tenham uma relação completa de todas as palavras.

1) O professor lê com os alunos os dois textos ou forme grupos de no máximo 04 alunos e peça para que leiam silenciosamente primeiro e em seguida discutam os itens: ATENÇAO: Os alunos deverão discutir e as respostas serão dadas por um só membro do grupo aproximando ao máximo do que é correto. Caso haja alguma resposta absurda, fazer com que toda a turma se envolva e reflita junto com o grupo para chegar a uma resposta convincente.

CARACTERÍSTICAS DOS TEXTOS:

a) Qual a diferença entre os dois textos? Resposta: O primeiro fala das características dos vaga-lumes, forma de vida... e o segundo conta uma história imaginária sobre os vaga-lumes e sua relação com o restante dos animais.
b) Como poderíamos classificar cada um deles? Resposta: 1º informativo e 2º literário.
c) Qual o maior conflito entre o primeiro texto e o segundo (mesmo sabendo que são totalmente diferentes)? Resposta:
d) No primeiro texto “VAGA-LUME” fala sobre o tipo de alimentação deste inseto. Qual é? Resposta: Lesmas e caracóis são seu principal alimento, mas ela é capaz de comer até criaturas muito maiores que ela, injetando-lhe antes um líquido paralisante.
e) A fêmea corre o risco ao emitir luz. Qual é esse risco? Resposta: Ao emitir luz, a fêmea do vaga-lume corre um risco, pois atrai seus predadores como carangueijos, aves e rãs.
f) Quanto tempo dura o período larval do vaga-lume e onde ele acontece? Resposta: O estágio larval dura seis meses, a maior parte dos quais passada debaixo da terra.
g) Como a fêmea faz para atrair o macho? Resposta: Para compensar a falta de asas, desenvolveu-se algo muito especial durante a evolução do vaga-lume: pequenas glândulas que segregam luciferina, uma substância que em determinadas condições se torna luminescente. A luz verde é o sinal para que o macho interrompa seu balé aéreo e venha juntar-se à fêmea.
h) Qual dos insetos têm asa, o macho ou a fêmea? Resposta: O macho.
i) As luzes emitidas pelos vaga-lumes têm calor? Explique sua resposta. Resposta: NÃO. Porque é um processo chamado de "oxidação biológica" e permite que a energia química seja convertida em energia luminosa sem a produção de calor.
j) É verdadeiro dizer que as luzes dos vaga-lumes têm a mesma cor? Justifique sua resposta. Resposta: NÃO. As luzes têm diferentes cores, pois variam de espécie para espécie e nos insetos adultos facilitam a atração sexual. Os lampejos equivalem ao início do namoro: são códigos para atrair o sexo oposto. Mas a luminescência também pode ser usada como instrumento de defesa ou para atrair a caça.

Aula II

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO II: A REVOLTA DOS VAGA-LUMES (Todas as respostas deverão ser lidas por cada grupo e caso haja divergências que seja feito um debate para entrarem em um consenso. O mais importante é que respeitem a opinião do próximo. Neste sentido a intervenção da professora é fundamental)

1) Vamos dividir o segundo texto “A REVOLTA DOS VAGA-LUMES” em parágrafos de acordo com o assunto principal e dá-los subtítulos? Esta atividade também pode ser feita em grupo de 4 alunos no máximo. Cada grupo divide e lê para a classe sua divisão com o subtítulo correspondente.
2) Onde é mais fácil visualizar os vaga-lumes e por quê? Nas roças ou onde não há energia elétrica ou até mesmo luz da lua.
3) Os vaga-lumes trabalhavam com amor? Por quê? Resposta: pessoal do aluno ou grupo...mas diante do texto seria plausível a resposta SIM.
4) Quando os bichos começaram a criticar dos vaga-lumes e por quê?
5) A lua cheia também criticava dos vaga-lumes? Copie do texto o trecho que confirma sua resposta.
6) Os vaga-lumes se revoltaram com qual situação? E como fizeram demonstrar essa revolta?
7) Os vaga-lumes deram respostas quanto ao sumiço. Como foi esta resposta? Você concordou com a forma que responderam? Por quê?
8) Você acha que essa revolta demorou a acontecer ou deveria ter acontecido antes? Por quê?
9) Como os outros animais da floresta reagiram à revolta?
10) Aconteceu na mata uma festa. Que festa era essa e quem organizou essa festa?
11) Houve um levantamento de um contra-tempo durante a festa? Qual foi este levantamento e o que fizeram ou pensaram os organizadores?
12) Por que os animais não convidaram os vaga-lumes para a festa?
13) Como foi a festa?
14) Como os vaga-lumes reagiram quando foram questionados por sua ausência? Você concordou com o modo que responderam? Por quê?
15) Em um diálogo, alguns animais descobriram a causa da revolta. Quais foram esses animais?
16) Você acha que eles fizeram algo para se redimir com os vaga-lumes?
17) Quanto tempo durou a revolta dos vaga-lumes?

AULA III

PRODUÇAO DE TEXTO: (que pode ser dado como atividade para casa e lido voluntariamente na aula seguinte)

1) Crie um final FELIZ DIFERENTE para este texto.


SUGESTÃO: Para incrementar ainda mais a aula, há uma música do PATO FU, chamada VAGA-LUME, minha sugestão seria de colocá-la bem baixinho ao fundo durante as atividades e somente no final, de todo processo do plano poderiam até cantar a música juntos.



Vagalume
Pato Fu
Composição: Fernanda Takai

Quando anoiteceu
Acreditei que não veria mais
Nenhum luar
Nem o sol se levantar enfim

Mas na escuridão eu te encontrei
A noite agora vem pra me dizer
Que o luar vai me trazer você

Uma vida brilhava ali
Peguei você
Com cuidado em minhas mãos eu quero te guardar
Só pra te ver piscar pra mim
Pois minha casa tão vazia quer se iluminar
Nem preciso te contar eu sei

Vem acende a sua luz perto de mim
Estrelinha do meu jardim
Me deixa ser teu céu pra sempre

Vem acende a sua luz perto de mim
Estrelinha do meu quintal
Na madrugada vagalume

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

DESPERTANDO CURIOSIDADE


Essa é uma atividade para todas as Fases do Ensino Fundamental.

Cada criança é um ser único. A individualidade deve ser respeitada. O importante será que despertem o interesse pela leitura, comuniquem suas idéias aos companheiros e que preconceitos e estereótipos possam ser detectados e superados.

É uma excelente aula para ser dada no início do ano letivo e ao longo dele também, buscando sempre novos textos e rompendo barreiras que possam vir a surgir.

Didática:
a) O educador pode preparar uma curta exposição oral do que será a aula;
b) Procurar material didático para chamar a atenção sobre a aula;
c) Programar atividades nas quais os alunos tenham participação ativa;
d) Utilizar sempre um vocabulário apropriado
e) Anotar ocorrências interessantes durante as aulas.


Objetivos:
a) Despertar a curiosidade para o desejo de pesquisar, conhecer, saber;
b) Aprender a dialogar com os colegas, questionar, discutir assuntos, refletir;
c) Desenvolver o espírito crítico;
d) Cultivar a tolerância para com as idéias dos outros;
e) Participar ativamente da vida intelectual;
f) Discutir valores;
g) Preparar-se para a auto-educação;
h) Adquirir ferramentas para o processo de auto-conhecimento. Perguntar: quem sou eu?
i) Aumentar a auto-estima;
j) Abrir os horizontes do conhecimento.

Atividade:

Material:
1 bola colorida (Se possível uma bola daquelas enormes usadas para terapia sobre as quais as crianças poderão deitar, caso não seja possível, pode ser uma bola comum...)
lápis de cor e folhas de papel

A) Os alunos deverão se sentar em círculo. A criança que recebe a bola que será jogada levemente por um companheiro, deverá dizer:

a) seu nome
b) seu animal preferido
c) seu hobby preferido. (Por hobby podemos englobar qualquer atividade prazerosa, como por exemplo: esportes, artes, colecionar objetos, leitura, escutar música, passear com o cachorro, até assistir televisão).
A professora deverá enfatizar que a bola deve rolar no chão de maneira SUAVE e deverá passar a todos os alunos aleatoriamente. Se um aluno jogar a bola em algum colega que já se apresentou, este seguirá o jogo em algum que não tenha se apresentado até que todos tenham recebido a bola.


B) A professora distribuirá folhas de papel para que cada aluno desenhe o animal preferido e escreva o hobby preferido. Os alunos deverão ficar como desenho.

C) Em seguida os alunos serão distribuídos em grupos de acordo com o animal preferido. Cada grupo deverá ter no máximo 06 crianças e no mínimo 03. Se alguma criança tiver animais que não seja igual do grupo poderá ser formado um grupo com animais diferentes.


D) Formados os grupos, cada criança falará do bicho que escolheu como preferido. Por exemplo: Gosto de gatos porque são animais inteligentes, são mansos, são carinhosos... tenho 01 gato em minha casa que se chama MMMMM... ou apesar de gostar de gatos não tenho nenhum porque sou alérgico à pêlos...

Cada aluno deverá falar aproximadamente 01 minuto. A professora ficará auxiliando os grupos que tenham dificuldades para desenvolver a atividade e deverá anotar o que achar de interessante. O importante é que todas as crianças falem e que as outras escutem e respeitem a opinião do colega.


E) Terminada a primeira parte, os alunos farão novos grupos e se reunirão por hobby. Caso haja um grupo muito grande, este deverá ser dividido em 02 ou 03 grupos e poderá ser formado grupos com hobby diferentes.


F) Terminado o diálogo sobre o hobby, solicitar aos alunos que sentem em círculo, para a discussão sobre COMPANHEIRISMO E AMIZADE.


Observações, sugestões e questionamentos:

(Cada aluno deverá respeitar a vez do colega para falar)


a) O grupo do bicho preferido e o grupo do hobby estava composto pelos mesmos integrantes?

b) O que nos aproxima dos outros? Nos aproximamos dos outros quando temos gostos semelhantes, idéias parecidas ou quando nossos gostos são diferentes?

c) O que nos separa dos outros? Opiniões diferentes, gostos diferentes, instituições diferentes como religiões, times de futebol?

d) O grupo do bicho preferido e o grupo do hobby eram diferentes. Quer dizer que podemos unir pessoas diferentes segundo gostos e atividades?

e) Temos que rejeitar ou aceitar o diferente?

f) Provocar discussões sobre as diferenças. Como aceitar as diferenças? Como procurar pontos de contato - como na prática do bicho preferido e do hobby para ter mais amigos?

g) Existem países que são amigos e países que são inimigos? A amizade leva para a paz ou para a guerra? Existem preconceitos? O grupo tem algum preconceito? Qual? O que deve ser feito para que este preconceito desapareça?


(Adaptação feita por Simone Malta do livro Suplemento para professores, páginas 10 a 18)

Início de Ano Letivo




Início de ano letivo é sempre uma expectativa boa, não é?
Idéias novas, alunos novos e novos obstáculos a serem superados...
Espero que tenham um ótimo ano e que todos os objetivos se realizem!

Todos os dias pretendo colocar idéias novas a serem trabalhadas em sala de aula e gostaria de sua opinião.
Abraços!
Simone Malta

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Uma outra atividade que encontrei em minhas pesquisas e que, como professora de português acho muito interessante para trabalhar na sala de aula.

JOGO COM TÍTULOS

A leitura de capa não deve representar um fim em si mesma, pois a intenção desse tipo de atividade é promover a leitura de uma obra, na sua totalidade, despertando a atenção dos alunos para os livros. Trata-se de um momento de pré-leitura, em relação ao texto literário, que mobiliza o conhecimento variado da criança sobre o tema, gêneros narrativos, personagens, autores, etc. Por esta razão, estas estratégias para enredar o leitor na história só funcionam realmente se a professora ou o mediador de leitura possuir os livros em mãos — contrariamente, torna-se apenas uma seqüência didática destituída de qualquer significado na experiência infantil, servindo como um protocolo errôneo e banal.


§ Embora apresentadas como um jogo com títulos, as atividades visam a aprendizagem de estratégias de leitura e a verificação das habilidades desenvolvidas pelos alunos. Trabalha-se, dessa maneira, simultaneamente com conteúdos conceituais (como noções sobre as categorias da narrativa), conteúdos procedimentais (usar competentemente estratégias para produção de sentido) e conteúdos atitudinais (ler e posicionar-se criticamente frente aos indicadores de suporte, avaliar escolhas, etc.).
§ Seguindo os PCNs, estas são atividades de Linguagem Escrita - Leitura que vamos mesclar, em algumas das sugestões, com o processo de aquisição da escrita alfabética por parte dos alunos. São também, em algumas oportunidades, atividades de Linguagem Escrita - Produção de Textos.
§ Recursos materiais — Para a apresentação das capas, é possível reproduzi-las em transparência para projeção*; OU reduzir e imprimir as capas em uma folha-tarefa para ser entregue a cada aluno; OU ampliá-las em papel resistente, como um cartaz... Mas, se você não conta com recursos para esse tipo de produção de materiais didáticos, vale lembrar que: uma folha de papel dobrada, que esconda o título, também pode ajudar. Conforme o tipo de atividade (ver mais abaixo), os títulos podem também ser apresentados de diferentes maneiras: oralmente, escrevendo na lousa, produzindo cartões, etc.
§ * Você pode copiar as capas sem títulos, para reprodução em transparência, clicando nos três conjuntos que você encontra no alto desta página, além de encontrar informações adicionais a respeito dos níveis de dificuldade, o que esperar das crianças e as possibilidades de leitura a partir de cada capa.
Onde foram parar os títulos?
§ Inicialmente, podemos expor um conjunto de capas às crianças e deixar que comentem de modo bastante livre. É necessário saber ouvir essas falas sobrepostas e entrecortadas de descobertas, com atenção a tudo o que diz respeito ao tema/personagem comum aos livros, às predições sobre o conteúdo das obras, à ausência do título.
§ O passo seguinte é a sistematização da "primeira leitura", realizada anteriormente de forma imediata, espontânea e aleatória. A professora vai organizando os turnos de fala de suas crianças, com perguntas que perfaçam um encadeamento lógico, unindo os diversos fragmentos dos comentários. De algum modo, É necessário chegar a certos denominadores comuns, através da negociação de sentidos que pode ser feita entre alunos e professora, ou criança a criança.
§ Tudo o que se refere à predição de conteúdos dos livros (o que irá acontecer em cada uma das histórias) não é, por ora, relevante — pois entrelaça uma forte carga de imaginação à capacidade leitora.
§ Ao final, é preciso questionar a ausência dos títulos e quais seriam eles, no caso de cada livro, em particular. OBS. Se as crianças notam a falta dos títulos, isto é apenas uma constatação que tem, por pano de fundo, o conhecimento prévio de que todos os livros, modernamente impressos, possuem um nome em sua capa. Se é a professora quem precisa apontar que o título não aparece estampado, talvez, esteja ensinando algo ou fazendo aquela criança mais desatenta acordar ;-)
Um título para cada obra
§
§
§ A professora ou o mediador de leitura deve dispor dos títulos para seus alunos: esta é a única regra. Porém, as possibilidades aqui se abrem, conforme a etapa da aprendizagem que suas crianças atravessam. Ainda elaboram hipóteses sobre o universo das palavras, desenvolvem uma escrita silábico-alfabética, ou necessitam de um reforço para a correção ortográfica? As atividades subseqüentes podem ser apenas (1) de leitura, (2) leitura e cópia do título, (3) leitura e produção de texto (novo título).
§ Jogo com Título 1 — Com capas reproduzidas em tamanho grande e os títulos em cartões, pedir às crianças que escolham o título apropriado para cada capa. Em grupo, esta atividade considera a leitura coletiva e a produção/negociação de sentidos para atribuir a cada obra, um título pertinente. A função do professor não é corrigir as escolhas equivocadas, nem ficar apenas dando parabéns para os acertos. O que vale é pedir que os alunos justifiquem suas escolhas, a partir da leitura que fazem da ilustração. É possível exercitar, nesta experiência, desde a simples verificação de correspondências palavra/imagem, bem como recuperar elos de coerência entre o verbal e visual.
§ Os títulos podem ser apresentados/distribuídos, de momento a momento. Se empregar esta metodologia, a atividade vai sendo ampliada, quanto às sucessivas revisões que as próprias crianças vão realizando conforme recebem um novo título (que talvez venha a se encaixar melhor neste ou naquele livro, anteriormente já batizado). Neste processo, a reformulação de hipóteses torna-se um aprendizado.
§ Jogo com Título 2 — Depois de mostrar as capas ampliadas, uma folha-tarefa é distribuída para cada aluno. Na página impressa, o enunciado do exercício solicita à criança que leia os títulos apresentados em uma lista e os transcreva (copie) em cima das capas dos livros que "vê abaixo".
§ A leitura dos títulos pode ser silenciosa e a folha-tarefa servir como um diagnóstico para a professora verificar a competência leitora de seus alunos: o processo de decodificação, a cópia atenta, a compreensão do enunciado, à atribuição de sentido (ao juntar título e capa).
§ O ditado de todos os títulos é uma variação que possibilita averigüar a escrita ortográfica, ou mesmo em uma etapa anterior de aprendizagem, as dificuldades de correspondência fonema-grafema no momento de registro.
§ Jogo com Título 3 — A recolocação dos títulos nos livros é feita de modo coletivo, mas... de repente, fica um livro sem título! Oralmente, as crianças podem dar suas sugestões (sempre acompanhadas de alguma justificativa). Já entramos em uma atividade de leitura, acompanhada de produção de texto, pois a elaboração de um título implica na síntese dos vários sentidos que são recuperados pela leitura da imagem, em exercício de coerência (parte pelo todo).
§ Melhor ainda se o "livro sem título" for o escolhido para a leitura compartilhada, pois elaborações mais complexas e sugestivas podem acontecer após o conhecimento integral da história. Neste caso e muito mais, estaremos trabalhando com a capacidade de síntese das crianças, pois não se trata apenas da leitura da imagem da capa, mas de reduzir todo um enredo a um título. Não se trata, porém, de uma atividade tão simples, se levamos em consideração que o título deve ser capaz de despertar o interesse dos leitores, funcionando como um chamariz... A linguagem e escolha lexical devem ultrapassar o limite da referencialidade imediata, revelando uma compreensão mais elaborada (ou sutil) sobre a narrativa lida.
§ Se forem escolhidos e registrados títulos antes da leitura do livro, pode ser feita mais uma atividade de revisão/mudança dos títulos apontados pelas crianças। E, após, tudo isso, comparar o título dado pelo autor/editora. A análise que pode surgir daí diz respeito a escolha de palavras e a ênfase que é dada a um aspecto da narrativa — investigar e inventariar os diferentes sentidos que um título pode adquirir é realizar uma atividade de epilinguagem.

(Retirado do site www.dobrasdaleitura.com.br)

ESCOLAS MUNICIPAIS DE IGARATINGA

PROJETO DE LEITURA
Trabalhando a leitura permanentemente na sala de aula e Biblioteca
APRESENTAÇÃO
O trabalho de leitura em sala de aula pode se tornar interessante por diversos caminhos — quando tem turmas grandes e agitadas, o ideal é primeiramente traçar o perfil ou fazer uma sondagem. Ler não é a tarefa mais apreciada por grande parte dos alunos. Porém, de modo geral, o maior problema é a falta de contato, de afinidade ou até mesmo de intimidade com os livros. Além disso, a rapidez do mundo atual faz da leitura um desafio: ler requer tempo, paciência, atenção, um "estar consigo mesmo" que o mundo virtual e outros meios de comunicação – principalmente a televisão- parece ter nos roubado. Porém, quando esse vínculo é estabelecido, através de comentários (de preferência bem articulados, curiosos ou até mesmo tragicômicos) a respeito de uma obra ou de um autor, através de leituras compartilhadas de algumas passagens do texto, de um bate papo apaixonado, enfim — é quase impossível que uma parcela da turma não venha se interessar! Lembre-se de que o gosto dos leitores é variado — e, além da leitura espontânea (sim, ela vai acontecer), você deve ter um programa a cumprir. Não é possível apresentar um clássico se os alunos não estão preparados para isso — aí sim, a leitura corresponderá a uma atividade traumatizante. E as conhecidas avaliações escritas, os resumos e as fichas de leitura não são uma boa opção — pelo menos, nesse estágio.
OBJETIVO:
O objetivo principal desse projeto, é o de fomentar o gosto pela leitura desde o início das etapas de escolaridade. O incentivo do adulto (professoras, bibliotecárias, pais...) deve ser fundamental nesse processo, sendo o mediador entre a criança e o livro. O aluno terá um espaço para leitura extra-classe, para ampliação da mesma com prazer. Professora e bibliotecária deverão trabalhar juntas, com um planejamento conjunto, semanal (mínimo 1 hora). Ao trabalhar projetos que privilegiem a Literatura na escola, estamos promovendo a emancipação do saber, rompendo a idéia que deu origem aos trabalhos com fichamentos isolados, a interpretação com perguntas e respostas, que tanto foi usado pelo educador como forma de avaliar o rendimento do aluno quanto a leitura.
Para fazer com que a turma se envolva, é um expediente comum o trabalho em grupos para apresentação de livros, biografias ou estilos literários. Sendo o conteúdo algo pré-estabelecido, o ideal é deixar que a forma de apresentação seja bastante livre e que os grupos possam usar&abusar da criatividade, inclusive envolvendo outras disciplinas (artes, teatro, educação física). Criar jornais, emissoras de rádio, maquetes, esquetes, peças, cartazes podem estimular o prazer de trabalhar com literatura. Mas com cuidado para não perder o foco: a apresentação dos alunos será o resultado de um trabalho e é preciso, antes, que o professor faça sua parte. Procurando estabelecer algumas metas, orientem-se com leituras teóricas e conheça o trabalho feito anteriormente com essas turmas em anos anteriores (isso também é importante para que os mesmos erros não sejam cometidos).
Trabalhar com Literatura na escola é promover a aprendizagem que sirva para a constituição de sujeitos que simplesmente não pertençam a uma sociedade, porém a questiona e a transforma.
A leitura deverá ser trabalhada com prazer, envolvendo o aluno num ambiente de descontração, buscando idéias partidas do mesmo para novos planejamentos.

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO:

A professora da sala de aula, juntamente com a BIBLIOTECÁRIA, deverão explicar o objetivo do projeto ao longo do ano letivo para os alunos, bem como as regras e colherão sugestões que possam por ventura surgir. Tal apresentação deverá ser feita na biblioteca, ou em uma roda fora da sala de aula, com o objetivo de o aluno perceber de que se trata de algo diferente, novo e prazeroso para ele.
A professora e bibliotecária precisarão planejar, conhecer as obras dispostas na biblioteca, ler com entonação, entusiasmo, para que seus alunos possam ser envolvidos pelo texto, servindo de referencial para a turma.
Os debates, a leitura crítica e comparativa de jornais, dramatizações, conversas com o autor do livro (por carta, e-mail ou até mesmo pessoalmente quando possível), são atividades para trabalhar o livro em sala ou na aula de biblioteca, desenvolvendo no aluno a capacidade de pensar e crescer. Assim devemos evitar a avaliação do rendimento da leitura por meio da literatura, pois será inútil enquanto não tivermos alunos que encontrem o prazer no ato de ler. Os livros não podem servir de pretexto para serem, simplesmente, instrumentos de avaliação.
E para que seja descoberto este prazer, deverão ser usadas obras de diversos autores, que hoje são referência nacional e internacional. Para tanto, seguiremos algumas diretrizes de ações educativas.
METAS PARA AS AULAS NA BIBLIOTECA:
I – A Biblioteca será apresentada aos alunos pela bibliotecária e professora, bem como horário de funcionamento, regras de empréstimo do livro de leitura, como os livros estão dispostos nas prateleiras... logo na primeira semana do início do ano letivo.

II - Todas as turmas terão no mínimo 1 hora semanal (especificada em quadro de horários) aula de biblioteca (professora e bibliotecária juntas).

III – Os livros apresentados aos alunos serão separados de acordo com a faixa etária do aluno.

IV- O planejamento de cada aula semanal ficará a cargo da BIBLIOTECÁRIA com a ajuda da PROFESSORA. (O planejamento poderá ser feito em conjunto).

V- Ao final de cada aula de leitura na biblioteca, o aluno escolherá um livro para ser lido em casa (sozinho quando já capaz ou com a ajuda de um leitor ativo – ESSENCIAL QUE TODAS AS TURMAS LEIAM, INCLUSIVE FASE INTRODUTÓRIA). E será passada uma atividade para casa com relação ao livro lido (recontar a historia ao seu modo, desenhar a parte que mais gostou, fazer um final diferente para o livro lido... para alunos de fases III ou IV, poderá ser dado como trabalho para a semana seguinte, tendo em vista o tamanho do livro/leitura...)

VI – Na aula seguinte, será escolhido um número de alunos (que pode ser por sorteio, ou pela própria disposição dos alunos) para falarem do livro que leram, se recomendam ou não e porquê.

VII - A Bibliotecária terá um gráfico e uma ficha com nomes dos alunos e controle dos livros que leram, os livros indicados. (Ver anexo I)

VIII – BIBLIOTECA NUNCA DEVERÁ SER LUGAR PARA CASTIGO. MAS SIM UM LUGAR DE PRAZER.

IX – O aluno terá um caderno específico de AULA DE BIBLIOTECA para registro da mesma. Fica a escolha da Escola juntamente com as professoras o registro das aulas no PORTFÓLIO. Alunos das Fases III e IV poderão fazer um “FICHAMENTO” dos livros lidos ao longo do ano letivo, o que facilitará também o trabalho da bibliotecária e professoras no conhecimento dos livros que compõem a biblioteca. “Mas cuidado para que este FICHAMENTO não se torne alvo de desgosto pelas aulas e pela leitura.”

X – Ao final de cada mês, uma turma apresentará um TEATRO, TEATRO DE FANTOCHES... relacionado a algum livro ou alguma aula na biblioteca. Tal apresentação não caberá em apresentação de hora cívica e será de responsabilidade da PROFESSORA E DA BIBLIOTECARIA. É uma apresentação a parte, específica da aula de biblioteca.

XI – A aula de biblioteca não exclui a importância da leitura de livros em capítulos em sala de aula (desde que não seja o mesmo da aula de biblioteca), do trabalho com diferentes tipos de textos, gêneros, autores...

XII – Os horários de aulas deverão ser seguidos criteriosamente por todas as turmas.

XIII – IMPORTANTE: AULA DE BIBLIOTECA É PARA SER TRABALHADOS LIVROS, E NÃO TEXTOS XEROGRAFADOS OU MIMEOGRAFADOS. TODA ATIVIDADE DEVERÁ SER PRODUZIDA PELO PRÓPRIO ALUNO MANUALMENTE.

DIRETRIZES A SEREM SEGUIDAS DURANTE O PROJETO:
• Leitura compartilhada com os alunos de obras referentes aos projetos em execução;• Solicitar que as crianças dêem um novo final ou início à história lida;• Conhecer vida e obra do autor;• Fazer textos coletivos com a descrição dos personagens, considerando características físicas e psicológicas;• Fazer estudos individuais e coletivos dos dados contidos nos livros;• Fazer sessões de explanação dos conteúdos evidenciados na obra;• Fazer releituras conjugando a linguagem (com recitais, sínteses) e a arte (com pinturas e esculturas) como forma de tornar mais concreta a aprendizagem.

(Este projeto foi elaborado por mim, Simone Malta,)