terça-feira, 29 de abril de 2008

Intertextualidade e Interdisciplinaridade


Quer coisa mais gostosa que trabalhar com música na sala de aula?
Além de estimular os alunos a ouvir BOAS MÚSICAS, interpretar letras, estimular a produção e auto-crítica, a aula se torna muito mais prazeirosa

Vou dar um exemplo de planejamento que SEMPRE DÁ CERTO. Espero que gostem.

Tempo estimado: 02 a 04 aulas (dependendo do envolvimento da turma)

Música: O SAL DA TERRA

1- Distribuir a folha com a letra da música para todos os alunos e pedir para que, à medida que forem escutando a música, possam também ir tentando entender o que ela quer dizer. Ouve-se a música 02 vezes antes de debater.

2- Após ouvirem a música (até mesmo cantarem) em círculo, faz-se um debate estrofe por estrofe, ou, verso por verso, consultando dicionário se necessário para melhor entendimento do texto. Ao fundo pode-se ouvir a música bem baixinho.


O Sal da Terra
Roupa Nova
Composição: Beto Guedes - Ronaldo Bastos


Anda, quero te dizer nenhum segredo/Falo nesse chão da nossa casa/Vem que tá na hora de arrumar/Tempo, quero viver mais duzentos anos/Quero não ferir meu semelhante/Nem por isso quero me ferir/Vamos precisar de todo mundo/Pra banir do mundo a opressão/Para construir a vida nova/Vamos precisar de muito amor/A felicidade mora ao lado/E quem não é tolo pode ver/A paz na Terra, amor/O pé na terra/A paz na Terra, amor/O sal da Terra/És o mais bonito dos planetas/Tão te maltratando por dinheiro/Tu que és a nave nossa irmã/Canta, leva tua vida em harmonia/E nos alimenta com teus frutos/Tu que és do homem a maçã/Vamos precisar de todo mundo/Um mais um é sempre mais que dois/Pra melhor juntar as nossas forças/É só repartir melhor o pão/Recriar o paraíso agora/Para merecer quem vem depois/Deixa nascer o amor/Deixa fluir o amor/Deixa crescer o amor/Deixa viver o amor/(O sal da terra)





3) Agora vamos analisar o texto abaixo

(Nesta etapa, cada aluno também deverá ter seu próprio texto e fazer a leitura silenciosa, instruindo-o para que consiga interpretar com clareza cada parágrafo do texto) Em seguida, o debate será feito com toda a classe em círculo, porém, todos deverão ler o texto em voz alta e em conjunto e a professora deverá formular o debate de parágrafo por parágrafo. Logo, deverá ser feita uma análise do que diz a letra da música com o que diz o texto - o que os dois textos querem dizer? O que têm de semelhante? O que tem de diferentes? (uma diferença marcante é que a letra da música é um estímulo para que todos nós façamos alguma coisa para salvar o planeta... e o segundo, mostra mais os efeitos da devastação, informa mais ou seja o primeiro é poético e o segundo informativo). Fazer também o uso de dicionário para melhor interpretação do texto, se necessário.








Grito de Alerta

A Terra está definhando, temos que fazer alguma coisa...

Nos últimos dias, meses e também anos temos vivenciado uma autêntica montanha-russa de alterações climáticas. Invernos mais quentes do que deveriam ser, chuvas em demasia, estiagens prolongadas, verões antecipados, quedas bruscas de temperatura, furacões e tornados em grande quantidade e até mesmo maremotos tem provocado a ruína de agricultores, a destruição de cidades e a morte de milhares de pessoas.

O planeta Terra está gritando alto. Os especialistas sabem disso e acompanham com atenção as grandes e pequenas alterações que acontecem ao redor do planeta em busca de novas informações que possam ajudá-los a compreender melhor os problemas e levá-los a soluções.

A tecnologia tem sido utilizada com o intuito de detectar as dificuldades ou mesmo sanar alguns desses infortúnios. Novos equipamentos são criados nos laboratórios de todo o mundo. A coleta de dados aprofunda-se e quanto mais ficamos sabendo mais tomamos consciência de que a resposta para os problemas não depende de soluções mirabolantes ou de máquinas maravilhosas.

O melhor e mais eficaz caminho passa necessariamente pela racionalização do uso dos recursos naturais. Tudo depende basicamente da ação dos seres humanos, de sua capacidade de gerir o mundo que está ao seu redor, de evitar as perdas e desperdícios.
Árvores que demoraram anos ou mesmo décadas para crescer jazem no meio dafloresta, prestes a serem embarcadas e processadas. Quanto tempo demoraremos para ter essa riqueza novamente?

Reciclar virou palavra-chave nesse difícil quebra-cabeça da preservação ambiental. Poupar também é pedra de toque para a sobrevivência da Terra e da própria humanidade. Recuperar áreas devastadas ou impedir o avanço das queimadas e das motos-serra sobre as florestas é de vital importância. Em termos gerais isso tudo significa que temos que ir com menos sede ao pote, pois a fonte está secando e podemos todos morrer de inanição.

Quando vemos o Amazonas, o rio de maior volume de água do mundo passar por gravíssima estiagem, com os peixes morrendo na secura dos leitos dos rios que compõem a bacia hidrográfica do norte do Brasil e os pescadores pegando o seu ganha pão com as próprias mãos temos que ficar muito mais preocupados e reorientar as nossas ações.

Dizem os chineses que a morte de uma simples borboleta afeta de algum modo os rumos da vida em nosso planeta. O que dizer então da predatória forma de exploração dos recursos empreendida pelos homens ao longo dos últimos 300 anos com o advento do sistema industrial de produção e seus afins surgidos posteriormente?

Quantas árvores são necessárias para a produção de papel? O que é jogado fora nesse processo? De que modo podemos reaproveitar o papel ou a madeira proveniente de objetos e produtos que irão ser jogados no lixo? Quais são os procedimentos mais eficazes para acelerar e reiterar o plantio de árvores?

Quanto custa a recuperação de rios poluídos? Em que países esse trabalho já foi realizado com sucesso? A despoluição não acontece pelos custos ou pela falta de vontade política? O que estaremos legando as novas gerações se queimarmos nossas florestas ou continuarmos a poluir os rios?

Rios que carregam em sua superfície a espuma branca que tira todo oxigênio da água e sufoca os peixes. Até quando teremos água potável? Será que os peixes sobreviverão aos estragos cometidos pela humanidade?

Que espécies naturais já desapareceram e serão conhecidas apenas a partir de fotos e livros?


Quais são os animais ameaçados de extinção no presente momento e o que está sendo feito em favor desses bichos? O que estamos deixando de saber quando promovemos o sumiço de espécies vegetais ou animais? Os lucros imediatos obtidos através dessas ações causarão que prejuízos para o futuro da humanidade?

Perguntas, perguntas e mais perguntas se acumulam e parecem ter respostas que não satisfazem completamente por não deter a destruição. Todos os remédios tomados até o presente são suaves e doces demais para realmente significar a solução dos problemas do planeta.

O avô de minha esposa costumava dizer a ela que somente remédios amargos conseguem resolver realmente as doenças, sejam elas simples ou complexas. Reitero esse pensamento sábio e reafirmo a necessidade de políticas públicas mais severas e rigorosas no combate ao desperdício, à poluição, ao desmatamento, ao apresamento de animais silvestres, as queimadas ou a emissão de poluentes na atmosfera.

Temos que cobrar, fiscalizar e punir as pessoas, empresas e governos que estejam destruindo o meio-ambiente. Devemos ensinar as novas gerações o valor e a importância da natureza e o compromisso que temos que ter quanto a sua preservação. É fundamental que deixemos de fazer apenas discursos e aprovar leis que pouco representam na prática para a defesa da natureza.

Seria aconselhável, por exemplo, que nas escolas existisse desde as primeiras séries do Ensino Fundamental, quem sabe até mesmo antes disso, ainda na Educação Infantil, um espaço exclusivo para se ensinar respeito, dedicação, apreço e até mesmo amor pela natureza. O que é, para que serve, quais são as variedades e espécies, o que podemos fazer para preservar e tantas outras questões teriam que ser parte do currículo escolar desde a mais tenra idade.

O que fazer com o lixo? Será que poderemos aperfeiçoar as técnicas de reciclagem? Como implementar a reutilização do material orgânico? De que forma incentivar os municípios a adotar projetos de reaproveitamento de resíduos como vidros, papel ou plástico?
Somente dessa forma seríamos capazes de inculcar em nossas crianças e jovens as lições necessárias de preservação do meio ambiente. Lições que ainda não aprendemos bem e em relação às quais temos que fazer constantemente as lições de casa.

Apagar as luzes em ambientes em que não há ninguém, não deixar eletrodomésticos ligados sem necessidade, consertar os vazamentos das torneiras de nossas casas, separar o lixo reaproveitável para as usinas de reciclagem, usar com mais freqüência à luz solar ao invés da luz elétrica, jogar o lixo na lata de lixo, desligar as torneiras enquanto se ensaboa o corpo ou escova os dentes e tantas outras medidas de racionalização relativas aos hábitos do cotidiano são os deveres de todo e qualquer cidadão que tiver um mínimo de consciência.

As crianças aprendem a partir de nossos exemplos. Se quisermos que elas efetivamente participem dessa luta pela preservação do planeta temos que mostrar que estamos engajados e agindo de forma efetiva nesse sentido.

Não adianta mais pronunciar belos discursos. O tempo lá fora não para e a destruição segue seu ritmo cada vez mais voraz a consumir as entranhas da terra, a pureza dos rios, a fertilidade dos solos, a vida das espécies vegetais e a existência de inúmeros animais.

Se não pararmos as máquinas que devastam, o desperdício que inutiliza, as ações que consomem desmesuradamente e a violência que agride o ambiente... Corremos o sério risco de sermos os próximos na lista de animais em extinção...


Texto de: João Luís Almeida Machado Doutorando pela PUC-SP no programa Educação:Currículo; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura






4) O texto acima, cita um Rio de grande importância para o Mundo. Que rio é esse e fale tudo que você sabe sobre ele. (Se não souber, pesquise.)




5) Sabendo que existe a linguagem verbal (que é a que estamos estudando) e a linguagem não verbal sugiro como deveres de casa que os alunos encontrem no mínimo 03 gravuras relacionadas com os textos estudados. E na próxima aula poderá ser feito um sorteio ou até mesmo aluno por aluno, fará uma exposição das gravuras selecionadas, explicando porque foram escolhidas e que relação têm com o texto. Poderá ainda, como sugestão, ser feito um mural "VAMOS SALVAR O PLANETA TERRA".... ou outro título com todas as gravuras expostas.





6) Assistindo TV, preste atenção em alguma notícia relacionada ao tema estudado nos textos acima e relate em uma folha separada com no mínimo 10 linhas e no máximo 20 linhas, observando parágrafos, sentido, ortografia...






7) Aproveitando os textos, vamos trabalhar a gramática?


a) Retire do texto "O Sal da Terra" todas as palavras que indicam numeral


b) Retire 10 palavras que indicam ação.


c) Retire 04 substantivos e classifique-os com o simples ou composto, concreto ou abstrato.



6) Retire do 2º texto "Grito de Alerta":


a) 04 palavras paroxítonas acentuadas pela mesma regra.


b) 04 palavras oxítonas


c) 05 palavras proparoxítonas






8) Sugestão: Existem outras músicas (inclusive as letras) relacionadas ao tema, pode-se pedir para os alunos levarem para sala de aula 01 música para cada grupo de 04 ou 05 pessoas que têm o mesmo tema.

quinta-feira, 27 de março de 2008

NOVIDADES EM BREVE

Tenho andado um pouco cansada, por isso não tenho postado coisas novas. Mas em breve estarei colocando algumas coisas legais que tenho lido e pesquisado, como roda de leitura, dinâmicas e planos de aula novos. OK? Bjs.

sábado, 1 de março de 2008

PLANO DE AULA - LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

Meu objetivo principal neste planejamento é fazer com que o aluno tenha uma leitura crítica, comparativa. São dois textos distintos, porém com um tema igualitário que é O MEIO AMBIENTE. Podemos trabalhar a diversidade textual e ao mesmo tempo levantar a curiosidade, o conhecimento, a pesquisa, a observação... do aluno para um assunto tão atual. Nosso papel enquanto educadores é transformar o aluno em um leitor crítico. Acredito que este planejamento servirá para FASES IV, 5ª e 6ª séries, com adaptações ao tipo de turma, CLARO. Além de trabalhar também a interdisciplinaridade.














AULA I



1) Vamos ler os textos abaixo com bastante atenção?












TEXTO I








DESMATAMENTO












As florestas são o habitat mais rico e diversificado do planeta. Entretanto, são elas as maiores vítimas do "progresso" - se assim podemos chamar - do homem. As florestas tropicais do mundo estão sendo dizimadas a uma velocidade impressionante. Todo ano, 4 a 5 milhões de hectares são completamente destruídos. Isso significa que, a cada minuto, 12 a 20 hectares desaparecem do mundo diariamente. Além disso, uma espécie animal extinta a cada meia hora. Isso acontece por causa das necessidades do homem em obter matéria-prima, pensando apenas no benefício imediato que isso lhes trará. Algumas das madeiras de lei fornecidas pelas árvores das florestas têm um valor comercial alto. Com a tecnologia moderna, nunca foi tão fácil cortar as árvores das florestas. Máquinas pesadas, como tratores e guindastes, são capazes de devastar grandes porções de floresta com muito mais eficiência do que com os antigos machados. Mas há outras razões por detrás do desmatamento, além da extração de madeira. Os países em desenvolvimento precisam cada vez mais estradas, represas, diques, canais, rede elétrica, tubulações para saneamento. Hoje, em poucos meses, pode-se converter uma grande extensão de floresta em enormes plantações ou fazendas de gado. O desmatamento é também uma forma de se obter espaço, “limpar a terra”, para depois utilizar a mesma para outro fim.
















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TEXTO II








A FLORESTA ZANGADA














Todos os animais estavam muito zangados!!
Os homens não paravam de destruir a floresta: cortavam árvores, deitavam lixo no chão, provocavam incêndios, poluíam os lagos e rios... Isto tinha de acabar!!
Nessa tarde, os pássaros foram avisar todos os habitantes da floresta para comparecerem numa reunião a ter lugar nessa noite, junto ao lago.
As árvores foram as primeiras a aparecer, desajeitadas e com grandes passos ruidosos. Afinal só andavam muito de vez em quando.
Quando todos estavam já reunidos, o Lobo, que era o presidente, começou o seu discurso:
- Amigos, isto está impossível!! Eu sugeria que pedíssemos ajuda às crianças e todos juntos arranjássemos uma solução!!
- Apoiado!! – gritaram uns.
- Boa idéia!! – exclamaram outros.
Decidiu-se então que na manhã seguinte, seriam mais uma vez as aves a dar as notícias a todos os miúdos da aldeia.
Quando o Pedro acordou, viu um pássaro que lhe disse:
- Tens que nos ajudar a salvar a Floresta.
O menino não sabia porquê. A ave explicou-lhe que os homens andavam a destruir a Floresta.
O Pedro disse que tinham que avisar os outros meninos. Tinham que ir às casas deles.
À tarde, todos se reuniram junto ao lago.
O Lobo foi o primeiro a falar:
- Estamos muito tristes. A nossa casa está quase destruída!! Que havemos de fazer?
O Pedro teve uma idéia:
- Vamos destruir as casas dos homens para ver se eles gostam.
Todos os habitantes da floresta concordaram.
No dia seguinte, eles foram ao ataque. Claro que os homens não gostaram nada.
Quando viram as suas casas destruídas, perceberam que não deviam estragar a floresta. Pararam de cortar as árvores, de sujar o chão e os rios e de destruir as casas dos animais.
A partir desse dia, os homens, os animais e as árvores ficaram muito contentes.










(3º ano - Escola EB1 nº 7 de Castelo Branco)








1) Como podemos classificar o texto I? Por quê?







2) E o texto II? Por quê?






3) Na sua opinião, eles têm alguma coisa em comum? Justifique sua resposta.




4) O texto I contém quantos parágrafos? Quantos personagens?





5) No texto II temos quantos personagens e e quantos parágrafos?





6) Qual o tema principal do texto I?





7) E o do texto II?





8) Transforme o texto II (literário) em texto informativo.





9) Na região onde você mora, há problemas com o meio ambiente? Justifique.





PARA CASA



10) Procure em jornais ou revistas algum texto cujo tema seja MEIO AMBIENTE.





AULA II -



Reuna os alunos em grupos de 4 no máximo para lerem todos os textos selecionados.



11) Você acha que pode fazer alguma coisa para melhorar o meio ambiente na qual você vive? Exemplifique.





12) Individualmente, crie um texto dissertativo cujo tema é: MEIO AMBIENTE. Observando os parágrafos (mínimo 3 e máximo 5).





13) Faça a leitura dos textos na sala de aula, escolhendo os melhores (tanto na estrutura como nas idéias colocadas) para serem colocados em um mural (mas antes peçam para corrigirem erros ortográficos e gramaticais caso haja algum).



Para o professor como complemento:



O que é dissertação
Dissertar é um ato praticado pelas pessoas todos os dias. Elas procuram justificativas para a elevação dos preços, para o aumento da violência nas cidades, para a repressão dos pais. É mundial a preocupação com a bomba atômica, a AIDS, a solidão, a poluição. Muitas vezes, em casos de divergência de opiniões, cada um defende seus pontos de vista em relação ao futebol, ao cinema, à música.
A vida cotidiana traz constantemente a necessidade de exposição de idéias pessoais, opiniões e pontos de vista. Em alguns casos, é preciso persuadir os outros a adotarem ou aceitarem uma forma de pensar diferente. Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se a linguagem para dissertar, ou seja, organizam-se palavras, frases, textos, a fim de, por meio da apresentação de idéias, dados e conceitos, chegar-se a conclusões.
Em suma, dissertação implica discussão de idéias, argumentação, organização do pensamento, defesa de pontos de vista, descoberta de soluções. É, entretanto, necessário conhecimento do assunto que se vai abordar, aliado a uma tomada de posição diante desse assunto.



Qualidades de uma dissertação
O texto deve ser sempre bem claro, conciso e objetivo. A coerência é um aspecto de grande importância para a eficiência de uma dissertação, pois não deve haver pormenores excessivos ou explicações desnecessárias. Todas as idéias apresentadas devem ser relevantes para o tema proposto e relacionadas diretamente a ele.
A originalidade demonstra sua segurança e faz um diferencial em meio aos demais textos. Só não se pode, em aspecto nenhum, abandonar o tema proposto.
Toda redação deve ter início, meio e fim, que são designados por introdução, desenvolvimento e conclusão, respectivamente. As idéias distribuem-se de forma lógica, sem haver fragmentação da mesma idéia em vários parágrafos.
Elementos de coesão: Algumas palavras e expressões facilitam a ligação entre as idéias, estejam elas num mesmo parágrafo ou não. Não é obrigatório, entretanto, o emprego destas expressões para que um texto tenha qualidade. Seguem algumas sugestões e suas respectivas relações:
assim, desse modo - têm valor exemplificativo e complementar. A seqüência introduzida por eles serve normalmente para explicitar, confirmar e complementar o que se disse anteriormente.
ainda - serve, entre outras coisas, para introduzir mais um argumento a favor de determinada conclusão; ou para incluir um elemento a mais dentro de um conjunto de idéias qualquer.
aliás, além do mais, além de tudo, além disso - introduzem um argumento decisivo, apresentado como acréscimo. Pode ser usado para dar um "golpe final" num argumento contrário.
mas, porém, todavia, contudo, entretanto... (conj. adversativas) - marcam oposição entre dois enunciados.
embora, ainda que, mesmo que - servem para admitir um dado contrário para depois negar seu valor de argumento, diminuir sua importância. Trata-se de um recurso dissertativo muito bom, pois sem negar as possíveis objeções, afirma-se um ponto de vista contrário.
este, esse e aquele - são chamados termos anafóricos e podem fazer referência a termos anteriormente expressos, inclusive p
ara estabelecer semelhanças e/ou diferenças entre eles.



Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/dissertação



BOM TRABALHO.



sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

ATIVIDADE DE PORTUGUÊS - FASES DIVERSAS







Elaborei este plano de aula tendo como foco o trabalho ortográfico (R e RR), interpretação e produção de texto, para Fase I, II - porém, durante a elaboração, as idéias foram surgindo. É um texto muito gostoso de ser trabalhado e que dá um excelente debate em sala de aula e produção de texto para Fases III e IV em diante, por isso, fui colocando tópicos das fases para que possam aproveitar ao máximo. Espero que gostem e aguardo resposta.



ORTOGRAFIA - FASE I e II




Minha primeira sugestão é que:



1) Peça as crianças como tarefa de casa que procurem palavras em revistas, jornais com R ou RR, assim elas estarão entrando em contato com a pesquisa, com a leitura, COM REVISTAS E JORNAIS...



2) Em sala de aula, levante todas as palavras encontradas pelas crianças no quadro e faça um trabalho ORAL com cada uma delas, enfocando o som do R e RR, mostrando principalmente a oralidade diferente de cada um nas palavras. "PEÇA PARA QUE PRONUNCIEM EM VOZ ALTA CADA PALAVRA, OBSERVANDO SEMPRE O SOM DO R".



3) Separe junto com os alunos o grupo de palavras com R e peça-os que observem e criem suas próprias regras, sendo que, a professora deverá intervir sempre que necessário para que nenhuma regra seja criada errroneamente. Ex.: CACHORRO, CARRO ( o RR tem som forte e encontra-se sempre no meio da palavra)



RATO, ROUPA, ROSCA (o R no início da palavra tem sempre som forte)



CURSO, CERTIDÃO, AGUARDE ( o R nestas palavras têm som forte - não se usa RR junto com outra consoante)



AJUDAR, PULAR ( o R no final da palavra também tem sempre som forte)



CRIANÇA, QUERENDO (o R está no meio da palavra entre vogais e tem som FRACO - a língua treme)






As atividades acima são um levantamento prévio para a atividade ortográfica do texto abaixo.






Leia o texto para os alunos.






O URSO CHORÃO
Marlene B. Cerviglieri













Eram três ursinhos lindos e saudáveis. Dava gosto ver os três rolando a campina verde na imensa floresta. Todos os animais procuravam sua alimentação durante a manhã logo bem cedinho. O riacho que corria no meio da campina era muito grande de uma água muito límpida, via-se o fundo nitidamente. Eu não gostava muito quando as onças vinham beber água, pois pareciam dóceis mas um certo arrepio passava por mim quando as via. Gostava mesmo era da família dos macacos que sempre estavam na maior das alegrias, e era a minha família. Qualquer graveto ou folhinha já era motivo para brincadeira.



Os pássaros então voavam nas árvores altas, mas desciam também para o solo a fim de ciscarem e às vezes tomar banho. Os jacarés já viviam dentro da lagoa atrás do penhasco. Era um lugar sombrio que eu não gostava muito.Todo cuidado, por ali, era pouco, apesar de reinar uma certa harmonia entre todos os animais. Mas o que estava incomodando ultimamente era o Urso chorão. Os três irmãos brincavam ali perto de minha árvore favorita e sempre podia observá-los. O que será que acontece para que ele chore o tempo todo? Resolvi que iria observá-lo bem atentamente, e assim fiquei de prontidão em cima da árvore.



Lá chegaram os três. Eram tão iguais que só percebi o chorão porque começou a chorar. Foi então que ouvi a mamãe Ursa dizer aos outros:


- Deixem que ele chore, logo ele vai parar.


Mas o Ursinho chorava e gritava. Então um de seus irmãos chegou até ele e disse:



- Meu irmãozinho, você quer brincar comigo? Não houve resposta.




Então o Urso chegou até ele e estendeu-lhe umas folhinhas dizendo-lhe:



- Quer ficar com elas ? - Não houve resposta.




Assim, meio como quem não quer nada, o outro irmão tentou se comunicar com o chorão.



- Ei, vamos brincar de correr para achar formigueiros? - Não houve resposta.



Sendo assim, os dois voltaram para seus folguedos e deixaram o chorão como a mãe havia dito. Foi então que ela chegou até o filho, sentou-se ao seu lado e o abraçou com carinho.



- Meu querido filhinho, mamãe vai contar uma história bem bonita para você!



Devagar ele foi parando de chorar e ficou só soluçando. Vendo esta cena fiquei intrigado. Voei para bem alto onde estavam meus pais e perguntei: Por que, por que ele age assim? Chora e não ouve os irmãos. Ele é muito diferente!



Foi quando minha mamãe me disse:



- Filho, nem todos são iguais, há muitas diferenças. Você já imaginou se todos fossem iguais? Seria um desastre... Cada um tem seu dom, sua inteligência seu modo de ser. Ele é um ser especial e muito feliz.



- Muito feliz! - exclamei



- É muito feliz porque ele tem o amor da família. Talvez ele ainda não perceba que é amado.



- Volte para baixo, creio que agora ele não está mais chorando ou soluçando.



Voei para baixo e fiquei olhando novamente. Agora estavam todos em volta dele falando e rindo. Que coisa estranha, ele parou mesmo de chorar, mas parece que está em outro mundo.



Do meu lado mamãe disse:




- E está mesmo meu filho. O carinho e o amor da família dele logo o trarão para cá, afim de que ele possa ter vida própria.




Quanta sabedoria vinha de minha mamãe, transformando coisas tão difíceis de eu entender em simples fato.



- Gostaria que você fosse a mamãe dele também.



- Não meu filho, cada um tem a sua família, e ele pertence a família dos ursos e não dos macacos.



São lições de vida que aprendi ao longo do tempo e até hoje ainda aprendo no dia-a-dia. A floresta continua calma, aparentemente, com todos os seus perigos ocultos e eu aqui da minha árvore espreito tudo para saber cada vez mais.




- Humanos...



- Olha mamãe, que coruja linda lá em cima!



- Ela é o símbolo da Sabedoria?



- É o que dizem.



Fiquei contente.




- Então é assim, todos são filhos de Deus.




- Exato meu filho!












ATIVIDADES ORTOGRÁFICAS:






1) Vamos separar por grupos todas as palavras com R e RR que estão no texto? Não precisa copiar palavras repetidas.






a) Palavras com RR que tem som forte e encontra-se sempre no meio da palavra:






b) Palavras com R no início da palavra e também tem som forte:






c) Palavras com R no meio e que têm som forte porque não se usa RR junto com outra consoante:






d) Palavras com R no meio da palavra, está entre vogais e tem som FRACO:






e) Palavras com R no final da palavra também tem som forte:






2) Escolha uma palvra de cada grupo acima e forme uma frase com cada uma.






3) Vamos ler o texto novamente, e grifar as palavras que não conhecemos bem?


(relacionar todas as palavras grifadas pelos alunos no quadro, escrevendo seu significado -Para fases I e II a professora procura o significado das palavras no dicionário, para Fases seguintes os próprios alunos pesquisam - é certo que talvez os alunos ainda não saibam manusear o dicionário, mas é muito importante que a professora ORIENTE e não dê a resposta pronta - A PROFESSORA É O ESPELHO PARA O ALUNO)




4) Agora vamos reler o texto para compreendê-lo melhor. (PROFESSORA, SEMPRE FRISE AOS ALUNOS QUE UM TEXTO PARA SER BEM COMPREENDIDO É PRECISO LER VÁRIAS VEZES, TANTAS QUANTAS PRECISAR)




5) INTERPRETAÇÃO:


(Observação: até a letra E, aplica-se à fase I - da letra A até o final para fase II e seguintes)




A) Qual o título do texto e por que ele tem esse nome?




B) Qual o nome da autora do texto?




C) Quantos irmãos ursos eram?




D) Qual a moral da história?




E) Vamos desenhar os personagens da história: O URSO CHORÃO?


----------A interpretação vai até aqui para fase I - depois vá para o Debate e Produção de Texto --------












- Segue a interpretação para Fase II e seguintes-




F) Que animal observava a vida dos ursos do alto das árvores? Resposta: Um macaquinho.
("- Não meu filho, cada um tem a sua família, e ele pertence a família dos ursos e não dos macacos." )

G) Como a mamãe Urso agia quando o filho começava a chorar?

H) Na sua opinião por que o Urso Chorão chorava tanto?

I) De que os dois irmãos do Urso chorão queriam brincar com ele?

J) E por que você acha que ele não quis brincar?




L) Se você fosse irmão ou amigo do URSO CHORÃO, o que você faria para resolver o problema?




M) Você acha que o macaquinho aprendeu alguma coisa observando a família de ursos e os outros animais? O quê?




N) Segundo o texto, qual o animal que simboliza a Sabedoria?




O) O macaquinho fala no texto "Voei para baixo e fiquei olhando novamente..." - Justifique a expressão sublinhada.












6) FASE III e SEGUINTES: ANÁLISE DA ESTRUTURA TEXTUAL:




a) Que tipo de texto é O URSO CHORÃO? Por quê? Resposta: LITERÁRIO. (Supostas justificativas: Porque se trata de uma ficção onde os personagens são animais, porque é um texto inventado...)




b) Quantos parágrafos há no texto?




c) O narrador é personagem? Justifique sua resposta com um trecho do texto. Resposta: SIM. "Eu não gostava muito quando as onças vinham beber água, pois pareciam dóceis mas um certo arrepio passava por mim quando as via. "




d) Reescreva o texto onde somente há o narrador personagem ou seja, o narrador personagem contará a história sem diálogos. Porém, observe os parágrafos - no mínimo 03.






7) PARA DEBATE EM SALA DE AULA: (VALORES)


(Coloque os alunos em círculo para que todos possam se envolver no debate. Deixe que falem, procure intervir de forma que um colega respeite a opinião do outro. Sempre argumente a resposta e com certeza poderão aparecer questões novas que valherão a pena debater, MAS NÃO DEIXE PERDER O FOCO DO DEBATE: "A DIFERENÇA ENTRE AS PESSOAS" - Aposto que será um trabalho proveitoso. SM)




A) Na sua opinião, em nosso meio há diferença entre as pessoas? Quais as principais diferenças que você percebe?




B) Essas diferenças te incomodam? Por quê?




C) Se não houvesse diferenças no mundo, como você acha que a vida seria?




D) Como podemos crescer observando tanta diferença em nosso dia a dia?






8) PRODUÇÃO DE TEXTO:




FASE I e II - Agora, crie um final diferente para a história do Urso Chorão. Solte sua imaginação. VOCÊ É CAPAZ.




FASE III e seguintes - CRIE uma história onde tenha como tema a diferença entre os seres.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

PLANO DE AULA DE PORTUGUÊS IV

A FORMIGUINHA FALANTE

A formiguinha não tem preconceito,
não tem complexo. Ela é demais!


Apesar de ser pequenina,
vai nos apresentar os maiorais.




A Formiguinha...


“Há milhões de anos atrás
os dinossauros dominavam a terra, numa era chamada mesozóica.”




A formiguinha, se não sabem,
vão saber daqui por diante.
Apesar de pequenina,
abusa do elefante.



“ Ei. Narigudo, grandalhão!
Se tamanho fosse documento,
Você seria o rei, não o leão.”

O elefante é forte e manso,
Ajuda o homem nas tarefas,
Carrega peso sem descanso.
Nossa! Ele é forte à beça.

Em se tratando de pescoço,
Ela chega e abafa.
Estamos falando sem dúvida,
Da comportadíssima girafa.

A sucuri, a maior das cobras,
Não evenena e nem afaga.
Ela se enrola em sua presa
E sem pena, a esmaga.

Nadou mar a dentro, uma pequena tainha.
Foi procurar o maior bicho, pra contar pra formiguinha
- Ei. Baleia. Você é o maior peixe já visto?
- Peixe não, tainha. Sou mamífero, insisto.

O maior dos símios sem engano,
É o gorila africano.
Bate no peito fazendo um barulhão,
Pra assustar e chamar a atenção.

O maior mamífero silvestre do Brasil,
Podemos facilmente distinguir.
É a famosa Anta ou Tapir.

O avestruz é a maior das aves,
É muito fácil de notar.
Pesadona, asas curtas,
Que a impedem de voar.

O tigre é o mesmo, mostram os fatos,
Dos felinos, o maior dos gatos.






Ortografia:



a) JUSTIFIQUE O "HÁ" no trecho: “Há milhões de anos atrás os dinossauros dominavam a terra, numa era chamada mesozóica.” Resposta: O HÁ está com H por se tratar de tempo. Ou seja, verbo HAVER indicando TEMPO sempre se escreve com H.



b) Por que o mesmo trecho acima está entre aspas? Resposta: Por se tratar de uma fala de personagem.



c) O que quer dizer COMPRIDÍSSIMA? Resposta: Muito comprida.



d) Procurre no dicionário ou em gramática 5 adjetivos superlativos absoluto sintético (compridíssima) e em seguida escreva em superlativo absoluto sintético (muito comprida) Ex.: linda = lindíssima = muito linda



e) Por que a palavra TAINHA não tem acento? Resposta: Porque apesar do I ser hiato, antes de NH não se usa hífen



f) Retire do texto 3 palavras paroxítonas que seja acentuadas. Resposta: Símios (acentua--se toda palavra paroxítona terminada em ditongo crescente -io), mesozóica (acentua-se por se tratar de um ditongo aberto ÓI - não se acentua paroxítona terminada em A), fácil (acentua-se toda palavra paroxítona terminada em -l)



g) Retire do texto 03 palavras proparoxítonas, justifique o acento. Resposta: MAMÍFEROS, DÚVIDA, COMPRIDÍSSIMA (toda palavra proparoxítona é acentuada)



h) Retire do texto 02 palavras oxítonas acentuadas justificando o acento. RESPOSTA: atrás, você (TODA PALAVRA OXÍTONA TERMINADA EM -A ou -E é acentuada)



i) Por que a palavra SUCURI não é acentuada? RESPOSTA: Não se acentua palavra oxítona terminada em -I.



Agora, vamos analisar o texto?



a) Que tipo de texto podemos classificar? Justifique sua resposta. Resposta: poético porque está em forma de rimas.





b) Há personagens no texto? Se a resposta for positiva, diga qual é ou quais são. Resposta: Sim. A formiguinha, a tainha e a baleia.





c) No trecho: "A formiguinha não tem preconceito, não tem complexo. Ela é demais! Apesar de ser pequenina, vai nos apresentar os maiorais...." quem é o autor? Resposta: O autor é o narrador da história.





d) No trecho: “Há milhões de anos atrás, os dinossauros dominavam a terra, numa era chamada mesozóica.” quem é o autor? Resposta: a formiguinha.





e) Por que motivo a tainha foi quem apresentou à formiga o maior mamífero aquático? E qual é ele? Copie um trecho do texto que justifique sua resposta. Resposta: Porque a formiga não pode nadar. O maior mamífero aquático é a baleia. "Nadou mar a dentro, uma pequena tainha. Foi procurar o maior bicho, pra contar pra formiguinha . - Ei. Baleia. Você é o maior peixe já visto? - Peixe não, tainha. Sou mamífero, insisto."





f) Tendo em vista que este é um texto poético, vamos pesquisar mais sobre os animais citados?



- Altura



- Peso



- Habitat



- Ilustrar cada um com desenho ou gravura.



Observação para professora:



Pedir que os alunos pesquisem em casa, na internet ou mesmo na biblioteca. Este texto foi tirado do livro: OS GRANDES BICHOS - A FORMIGUINHA FALANTE. A seguir vou deixar um pequeno resumo para facilitar para a professora.



* O Brontossauro foi o maior animal que já pisou a face da terra. Calcula-se que chegava a pesar 30 toneladas.



* O elefante é o maior animal de terra firme. Existem duas espécies de elefantes: a africana e a indiana ou asiática. Os maiores são da espécie africana, que chegam a medir 7,5 metros com a tromba e a pesar 7500 kg.



* A girafa é o mais alto animal do mundo. Alcança até 5,50 metros de altura.



* A sucuri, também conhecida como anaconda, chega a medir 10 metros de comprimento, sendo a maior cobra do mundo.



* A baleia azul atinge até 30 metros de comprimento, sendo o maior animal do planteta.



* O gorila de pé pode medir até 1,80 metros de altura e pesar 200 kg. É o maior dos primatas.



* A anta pode medir 2 metros de comprimento e 1 metro de altura. Chega a pesar mais de 170 kg



* O avestruz pode medir até 3,0 metros de altura e correr a uma velocidade de 50 km por hora durante 15 minutos. Em corridas mais curtas atinge até 70 km por hora.



* O tigre é o maior felino sobre o planeta. Chega a medir 3 metros de comprimento e pesar mais de 300 kg.





Ao apresentar o que pesquisaram e com o texto acima pode-se complementar mais alguma coisa, pedir a seguinte tarefa:



1) Os dados coletados em pesquisa foram conseguidos através de que tipo de texto? Resposta: informativo.



2) PRODUZINDO TEXTO:



a) Tendo em vista que o texto poético acima contém falas, vamos CRIAR uma história em quadrinhos com os animais? OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: É PRECISO FRISAR QUE OS ALUNOS DEVERÃO CRIAR, E NÃO COPIAR OU TRANSCREVER O TEXTO POÉTICO ACIMA.



EXPONHA O TRABALHO EM MURAL.



BOM TRABALHO. AGUARDO RESPOSTA, OK?



SIMONE MALTA





segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Interpretação e Produção de Texto



ATIVIDADES DE PORTUGUÊS


Fase :III – CICLO COMPLEMENTAR DE ALFABETIZAÇÃO










1) Leia o texto abaixo com bastante atenção!








CONVERSA FIADA





Era uma vez, um homem muito velho que por não ter o que fazer, ficava pescando em um lago.Era uma vez um menino muito novo que também por não ter o que fazer, ficava pescando no mesmo lago. Um dia, os dois se encontraram, lado a lado na pescaria, e, no mesmo instante, exatamente, no mesmo instante, sentiram aquela puxadinha que indica que o peixe mordeu a isca. O menino puxou com força e precisão. O velho usou mais precisão e menos força. Quando apareceram os respectivos peixes, porém, decepção: o peixe do menino era muito velho e o peixe do velho era muito novo! O velho disse para o menino: "Você não pode pescar este peixe tão velho! Deixe que ele viva o pouco da vida que lhe resta." O menino respondeu: " E o que você vai fazer com esse peixe tão novo? Ele é tão pequeno... deixe que ele viva mais um pouco." O velho e o menino olharam um para o outro e sem perder tempo, jogaram os peixes no lago ao mesmo tempo.

Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago, cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora.



Diléia Frate. Histórias para acordar. São Paulo,

Companhia das Letrinhas, 1996












ATIVIDADES:





2) Complete a ficha abaixo:

a) Título da História:


b) Nome da autora:


c) Editora:


d) Ano da Edição:



3) Vamos reler este trecho:

“ O menino puxou com força e precisão.
O velho usou mais precisão e menos força.”


Preencha o quadro abaixo e nele coloque quem é o personagem e o que cada um fez, de acordo com o que aparece no trecho acima:







PERSONAGEM


O QUE FEZ






PERSONAGEM

O QUE FEZ

4) Quem você acha que tem mais experiência para pescar? Como você percebeu isso?


5) Será que o menino e o velho já se conheciam? Como você descobriu isso?

6) Por que você acha que os personagens não tinham nada para fazer?


7) Todos os dias vimos falar sobre o meio ambiente. Deste texto podemos retirar alguma lição com relação à preservação do meio ambiente? Qual?

8) Quantos parágrafos há no texto?

9) No texto há diálogo entre os dois personagens? Copie um trecho que comprove sua afirmativa.


10) O que você notou de diferente na estrutura do texto? R.: O diálogo entre os personagens não é marcado por parágrafo e travessão, mas sim por aspas.


11) Crie um texto com dois personagens onde suas falas apareçam entre aspas. Obs.: Antes dessa última atividade, a professora deverá explicar o tipo de estrutura apresentada pelo texto acima.















quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

OS TEATROS DOS CONTOS DE FADA





Na Educação Infantil, ou até mesmo na FASE INTRODUTÓRIA, as crianças costumam gostar muito de contos de fadas. Por isso, são a matriz para esta pequena seqüência de atividades teatrais.












Introdução






Na Educação Infantil, as crianças costumam gostar muito de contos de fadas. Por isso, são a matriz para esta pequena seqüência de atividades teatrais.






Conteúdos






-Representação



-Transformação e criação de espaços



-Criação e caracterização de personagens



-Construção de cenários






Ano: Educação Infantil e Fase Introdutória (crianças de 5 a 6 anos)









Tempo estimado: Um mês






Objetivos didáticos



- Criar situações cênicas a partir de personagens ou situações conhecidas das histórias clássicas



- Transformação e criação de espaços



- Criação e caracterização de personagens



- Construção de cenários






Recursos didáticos



- Papel Kraft, papelão, pincéis, tintas e outros materiais para a construção de cenários



- Materiais, como pano, caixas grandes, blocos de madeira, lençóis etc.



- Os próprios móveis da sala de todos os dias: mesas, cadeiras, bancos etc.



- Iluminação: lanternas, lâmpadas ou abajures para criar diferentes possibilidades de iluminação do ambiente, ou sombras.






Organização da classe



Dividir a sala em dois ou três grupos, dependendo da quantidade de alunos






Desenvolvimento das etapas



- Ler e contar diferentes contos de fadas para as crianças



- Após as leituras ou contações, conversar sempre com as crianças sobre os personagens, enredos e ambientes das histórias.



- Propor para as crianças que criem os personagens e ambientes surgidos nos contos de fadas. Por exemplo: um castelo ou uma floresta.



- Propor diferentes oficinas de criação, perguntando: O que há geralmente no salão de um castelo? E numa floresta? Que tipo de personagem existe num castelo e numa floresta? Como podemos mostrar isto?Que roupas usam? É preciso usar maquiagem? Como se caminha ou se comporta num castelo? Há sons? De que tipo? Como podemos nos organizar para fazer os sons de floresta e de castelo? (As crianças podem ser divididas em grupos neste momento: enquanto um grupo apresenta, o outro assiste, e vice-versa.)



- Para enriquecer as pesquisas das crianças, é importante que, juntos, todos vejam livros, revistas ou sites, bem como assistam a filmes que tragam imagens sobre os ambientes e os personagens que estão pesquisando.



- Pouco a pouco, o professor e as crianças podem montar um quadro para ajudar a organizar seus ensaios:



- Nas atividades de Artes Plásticas, as crianças podem confeccionar os cenários que criaram.









Orientações didáticas



- Para desenvolver esta seqüência de atividades, o grupo deve ter um bom repertório de histórias. Assim, é importante que o professor leia ou conte histórias para as crianças diariamente.



- Conversar com as crianças sobre as histórias também é importante, pois é na conversa que as crianças socializarão suas preferências sobre histórias, personagens, enredos, situações. Afinal, O teatro na Educação Infantil deve ser entendido como uma experiência integrada às outras experiências vividas pelas crianças: a leitura de histórias, a brincadeira, a expressão plástica, a música, o movimento.



- A história encenada não precisa ser um conto de fadas. É importante que seja uma história criada pelas crianças, na qual sua autoria esteja presente. Isto é muito mais significativo do que um roteiro que as crianças recebem pronto e de cuja criação não participaram.






Produto final






Ao fim do processo, os alunos podem apresentar sua criação para outras crianças da escola ou até mesmo para os pais, se eles desejarem.






Avaliação






O melhor instrumento de avaliação é observar o envolvimento dos alunos com as atividades, se eles estavam interessados no desafio de transformar os espaços e os objetos com idéias próprias. É importante que, progressivamente, as crianças encontrem novos meios e soluções para fazer isso, mas o professor, ao fim de cada atividade, deve tornar claras para as crianças as suas observações: o que percebeu, como uma ou outra criança resolveu um desafio proposto etc. Assim, a observação se torna também um recurso de investigação e de planejamento.



(Esta foi uma didática passada a mim pela supervisora Dekalaff Werneck, que acho muito interessante para ser trabalhada na sala de aula) Se gostarem, por favor me deixem um recadinho sobre o trabalho feito. ok?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

PLANO DE AULA MATEMÁTICA

Disciplina: Matemática

Fase: IV


Objetivo: Trabalhar as medidas, socialização, conhecimento e elaboração de gráficos.


Atividades:

1) Vamos brincar de medir? Com uma fita métrica, a professora irá medira a altura de todos os alunos. Um aluno ficará encarregado de anotar as medidas, com o nome dos alunos
2) A professora deverá separar a sala em grupos de 4 alunos, e cada grupo ficará responsável pela medida de seus integrantes.
3) Em uma folha, os alunos deverão elaborar um gráfico com o nome e altura de cada um do grupo e em seguida apresentar à classe.
a) Qual o aluno mais alto?
b) Qual o aluno mais baixo?
c) Qual a média de altura do grupo?
Todos os dados ficarão registrados no quadro. Ao final, após a apresentação de toda a classe, deverá ser feito um gráfico geral, de toda a turma com os dados do quadro.

Ex.: Grupo 1

JOAO: 1,50 m PEDRO: 1,45 m MARIA: 1,30m JOANA: 1,29 m



Aluno mais alto: João 1,50 m Aluno mais baixo: Joana 1,29m
Média de altura entre os integrantes do grupo: (soma todas as alturas e divide pelo número de alunos) = 1,38m



Assim, com todos os grupos. Ao final será feito um gráfico com o aluno mais alto, o mais baixo e a média de altura de todos da classe.

Para Casa:

Pesquise em jornais, revistas algum tipo de gráfico, cole em uma folha para uma análise na sala de aula.
A professora deverá pregar os gráficos em um mural.... e pedir que os alunos analisem os diferentes tipos de gráfico que surgirem, estimulando a interpretação de cada um.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

PLANO DE AULA PORTUGUÊS PARA FASES III, IV até a 5ª série




Disciplina: Língua Portuguesa interdisciplinar com Ciências
Conteúdo: Texto Informativo e Texto Literário
* Interpretação de texto
* ORTOGRAFIA
* Valores morais e éticos
Duração: Dependendo da turma 03 a 04 aulas de 50 minutos cada
Público alvo: Fases III à 5ª série
Elaboração: Simone Malta
Objetivo: Estimular a leitura e a comparação dos textos, confrontando-os e estabelecendo as diferentes regras entre ambos. Trabalhar a ortografia, conhecimento de palavras novas aplicando-as em novas frases ou parágrafos. Estimular a imaginação.
TEXTO I
A professora inicia a aula questionando quem já viu um vaga-lume, como ele é, onde é mais fácil encontrá-lo, enfim, fazendo um levantamento prévio e registrando em uma folha ou no quadro.Pode acontecer de alguns alunos dizerem que pegam vaga-lume e prendem em caixas de fósforo – daí vale trabalhar a questão ambiental, será que podemos pegar pequenos insetos e prendê-los só para ficar admirando-os? Como nos sentiríamos se fôssemos presos?... Vaga-lumes foram feitos para ficarem presos e serem admirados ou para viverem soltos na natureza?...
VAGA-LUME
Nome comum: Vaga-lume
Nome em inglês: Glow worm
Nome em Espanhol: luciérnagas
Nome em Italiano: Lucciola
Nome científico: Lampyris noctiluca
Classe: Insecta
Filo: Arthropoda
Ordem: Coleoptera
Família: Lampyridae
Característiccas:
Comprimento: 10 mm (macho); 12 a 20 mm (fêmea)
Característica: Só o macho: 2 asas e élitros

Com seu corpo frágil, cor de terra, a fêmea do vaga-lume pode somente arrastar-se no chão. Como ela faz para chamar a atenção dos machos alados que zumbem no ar quente da noite? Para compensar a falta de asas, desenvolveu-se algo muito especial durante a evolução do vaga-lume: pequenas glândulas que segregam luciferina, uma substância que em determinadas condições se torna luminescente. A luz verde é o sinal para que o macho interrompa seu balé aéreo e venha juntar-se à fêmea.
Essa diferenciação tão marcada entre os sexos é rara entre os coleópteros. Existem espécies relacionadas em que ambos os sexos são alados e luminescentes. A maioria das variedade são pequenos insetos tropicais.
A espécie Lampyris noctiluca é a mais comum no Brasil. Sua larva luminescente é muito parecida com a fêmea adulta. Lesmas e caracóis são seu principal alimento, mas ela é capaz de comer até criaturas muito maiores que ela, injetando-lhe antes um líquido paralisante. O estágio larval dura seis meses, a maior parte dos quais passada debaixo da terra. Ao emitir luz, a fêmea do vaga-lume corre um risco, pois atrai seus predadores como carangueijos, aves e rãs.
Como é produzida a "luz"?
Uma molécula de luciferina é oxidada por oxigênio, em presença de trifosfato de adenosina, ocorrendo assim a formação de uma molécula de oxiluciferina, que é uma molécula energizada. Quando esta molécula perde sua energia, passa a emitir luz. Esse processo só ocorre na presença da luciferase, que é a enzima responsável pelo processo de oxidação. As luciferases são proteínas compostas por centenas de aminoácidos, e é a seqüência destes aminoácidos que determina a cor da luz emitida por cada espécie de vaga-lume. Para cada molécula de trifosfato de adenosina consumida durante a reação, um fóton de luz é emitido. Portanto, a quantidade de luz enviada pelo vaga-lume indica o número de moléculas de trifosfato de adenosina consumidas.
Este processo é chamado de "oxidação biológica" e permite que a energia química seja convertida em energia luminosa sem a produção de calor. As luzes têm diferentes cores, pois variam de espécie para espécie e nos insetos adultos facilitam a atração sexual. Os lampejos equivalem ao início do namoro: são códigos para atrair o sexo oposto. Mas a luminescência também pode ser usada como instrumento de defesa ou para atrair a caça.
Lucia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
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TEXTO II
A REVOLTA DOS VAGA-LUMES
Maria Alice do Nascimento e Silva Luzinger


Nas noites de luar, a terra parece iluminada por um holofote imenso. E na roça, onde não há luz elétrica, as estradas ficam tão brancas, tão claras, que até se pode encontrar um alfinete perdido.
Mas nas noites escuras, quando as trevas envolvem campos e florestas, o vaga-lumes, com suas lanterninhas verdes, iluminam o mundo dos bichos. Um dos bichinhos dizia:
- Vaga-lume, alumia o meu caminho, não enxergo nada, ta tudo tão preto!...
Enquanto outro pedia:
- Vaga-lume, meu filhotinho não voltou ao ninho, vamos procurá-lo?
Sem perder tempo, lá se iam eles, ajudando a uns e a outros. Às vezes, nem chegavam para as encomendas. Os vaga-lumes cresciam de importância porque os outros bichos precisavam deles e sentiam-se valorizados e felizes, desempenhando sua missão com amor e dedicação.
Muitas vezes, quando passavam pela lagoa, viam as estrelas refletidas nas águas e pensavam, orgulhosos, que eram as suas luzinhas que piscavam. As estrelas achavam graça nessa ilusão tão bonita.
Mas lá vinha a lua cheia e dava um peteleco no prestígio e na vaidade dos vaga-lumes. Pois se as próprias estrelas empalideciam ante o brilho da lua, então, pra que vaga-lume?
Os bichos logo perceberam a situação e começaram a zombar das lanterninhas verdes de luz fosforescente:
- E agora, vaga-lume, com esse clarão todo, pra que servem suas lanternas? Será que são contas de vidro?
E riam:
- Quá, quá, quá...
O sapo verde da lagoa era mestre nessas ironias:
- Boa mesmo é a Comadre Lua! Eta, lanterna bacana! Até parece o olho de Deus!...
Do alto de sua importância, a lua cheia zombava, complacente, a zombaria dos bichos, rindo um riso branco e luminoso.
Mas lá voltava o minguante, a lua fraquinha, uma fatia fina de queijo na escuridão do céu, e os bichos precisando dos vaga-lumes de novo, para iluminarem os caminhos da terra.
- Vaga-lume, preciso apanhar umas ervas, alumia a estrada pra mim?
E um bando de pirilampos faziam a noite virar dia iluminando o campo com suas diligentes lanterninhas. A erva para preparar o chá era encontrada, ou os flocos de algodão apanhados para aquecer os filhotinhos nas noites frias.
Durante muitos anos, os vaga-lumes enfrentaram com coragem essa situação injusta, ora felizes, aparecendo sempre que os bichos precisavam deles, ora humilhados, achando que não serviam pra nada. Mas chega um dia em que a paciência se esgota e foi assim que, cansados de tanta ingratidão, os vaga-lumes resolveram fazer greve.
Era uma noite de lua minguante e o céu estava escuro que nem breu. Os bichos, que não desconfiavam de nada, começaram:
- Vaga-lume, corre aqui!...
Mas nada de vaga-lume, a noite continuava tão negra quanto antes.
- Vaga-lume!... Vaga-lume!...
- Não respondem!... Era só o que faltava! Uma noite escura como esta e os engraçadinhos brincando de esconder...
Os bichos confabulavam, tentando descobrir o que teria acontecido. Resolveram mudar de tática e atrair os vaga-lumes com mais jeito:
- Vaga-lume, preciso de suas luzinhas. Pode vir até aqui?
O pedido se fazia mais doce, os bichos caprichavam na delicadeza da voz. Mas qual!... Ninguém sabia por onde andavam os vaga-lumes.
Nessa noite, muito filhote ficou perdido e muito bichinho não pôde dormir com frio ou com espinho espetado na patinha.
No dia seguinte, os bichos se reuniram e foram procurar os vaga-lumes para uma explicação. Mas foi a vez dos vaga-lumes rirem, respondendo maliciosamente:
- Pois não é que faltou óleo nas minhas lâmpadas!
- A minha pilha falhou...
- O vento apagou a minha lanterna...
- Eu fui dormir cedo...
E foram ficando por aí... Os bichos não procuraram se aprofundar no assunto e logo esqueceram o caso.
Ora, aconteceu que tempos depois programou-se na mata uma grande festa para saudar o início da primavera. Os organizadores, a raposa, o macaco e o cabrito, estavam contando coma lua cheia:
- E se a lua falhar nesse dia? Olhe que ela às vezes gosta de brincar de esconder!...
- Não vai falhar, não. Por que haveria de falhar logo nesta noite? E se falhar, chamaremos os vaga-lumes.
- Quem sabe é melhor combinar tudo antes? Eles andam dizendo por aí que não são suplentes da lua e outras coisas... São capazes até de cobrar a iluminação...
- Então deixe pra lá, os vaga-lumes ficam só pra último caso...
E chegou a grande noite: tudo pronto, os doces preparados, as barraquinhas enfeitadas, a orquestra dos sapos presentes e todos vestidos nas suas melhores roupas, mas cadê a lua cheia? Parecia até que Dona Lua entrara nos planos dos vaga-lumes...
Foi aí que começou o corre-corre em busca dos vaga-lumes. Os bichos dividiram-se em grupos, cada um partiu num direção.
Com suas lanterninhas apagadas, os vaga-lumes fingiam dormir. As buscas foram todas inúteis, ninguém sabia onde estavam. Parecia até que tinham desaparecido da face da Terra.
A festa, que dependia de uma boa iluminação, foi um fracasso completo.
No dia seguinte, os bichos, desapontados com o fiasco, procuraram os vaga-lumes, exigindo uma explicação. Como da outra vez, tudo o que ouviram foram respostas espirituosas. Espantados com uma situação nova pra eles, pararam um pouco pra pensar sobre o caso.
Sozinhos ou em grupos, começaram a examinar as causas da estranha atitude dos vaga-lumes.
- Será que a gente não tem sido muito injusta com eles? – perguntou a rolinha para Mestre Rola.
- Acho que sim. Nós nunca pedimos um favor a eles, nós damos é ordens.
No dia seguinte, num tronco de árvore, Dona Formiga comentava com Dona Cigarra:
- Esquisita essa atitude dos vaga-lumes, não é, Dona Cigarra? De repente ficaram tão cheios de si, tão prosas!...
- Sabe, Dona Formiga, acho que eles é que têm razão. Nós estamos sempre pedindo favores, usamos suas lanterninhas verdes e nunca dizemos nem obrigado...
- Pensando bem, a senhora tem razão...
- Sabe, comadre, eu fui ingrado com os vaga-lumes, comentava o Sabiá com a Patativa.
- Ingrato, por quê, Comadre Sabiá?
- Se não fosse a lanterninha do vaga-lume, eu não poderia ter tirado o espinho da patinha do meu filhote. E sabe o que eu deveria ter feito? Deveria ter levado um presente e agradecido. E não fiz nada disso, esqueci logo o favor.
- Engraçada a sua mania de pensar em tudo... Eu nunca me lembraria disso! Mas talvez o compadre esteja certo.
A greve durou quatro luas. E durante quatro luas, os bichos tiveram bastante tempo para pensar em suas atitudes.
E quando no minguante os olhinhos fosforescentes voltaram a brilhar, a mata ficou em festa.
Hoje os bichinhos da floresta dormem sossegados nas noites escuras e sem lua, pois sabem que as lanterninhas verdes estão sempre lá, velando seu sono.

QUESTÕES



INTERPRETAÇÃO: Para que haja interpretação... é preciso compreender o que está escrito e para isso, sugiro que se trabalhe antes a ORTOGRAFIA com o uso do DICIONÁRIO.

ORTOGRAFIA: Para que possamos compreender melhor o que estamos lendo, ou seja, para a compreensão, é preciso que compreendamos também o significado das palavras.
1) Vamos grifar as palavras dos dois textos que achamos que temos maior dificuldades para entender e procurá-las no dicionário relacionando-as abaixo. Obs.: Almas palavras do primeiro texto “VAGA-LUME”, são de origem científica e podemos não encontrá-las no dicionário, mas o que também não impede que entendamos o CONTEXTO.
2) Vamos apresentar oralmente as palavras que tivemos maior dificuldades para interpretar ou que são pouco usadas em nosso dia-a-dia à classe. O primeiro grupo apresenta suas palavras e significados. O segundo grupo apresenta somente as palavras que o primeiro não relacionou e assim por diante. O importante neste momento é que um grupo se interaja com o outro e que todos tenham uma relação completa de todas as palavras.

1) O professor lê com os alunos os dois textos ou forme grupos de no máximo 04 alunos e peça para que leiam silenciosamente primeiro e em seguida discutam os itens: ATENÇAO: Os alunos deverão discutir e as respostas serão dadas por um só membro do grupo aproximando ao máximo do que é correto. Caso haja alguma resposta absurda, fazer com que toda a turma se envolva e reflita junto com o grupo para chegar a uma resposta convincente.

CARACTERÍSTICAS DOS TEXTOS:

a) Qual a diferença entre os dois textos? Resposta: O primeiro fala das características dos vaga-lumes, forma de vida... e o segundo conta uma história imaginária sobre os vaga-lumes e sua relação com o restante dos animais.
b) Como poderíamos classificar cada um deles? Resposta: 1º informativo e 2º literário.
c) Qual o maior conflito entre o primeiro texto e o segundo (mesmo sabendo que são totalmente diferentes)? Resposta:
d) No primeiro texto “VAGA-LUME” fala sobre o tipo de alimentação deste inseto. Qual é? Resposta: Lesmas e caracóis são seu principal alimento, mas ela é capaz de comer até criaturas muito maiores que ela, injetando-lhe antes um líquido paralisante.
e) A fêmea corre o risco ao emitir luz. Qual é esse risco? Resposta: Ao emitir luz, a fêmea do vaga-lume corre um risco, pois atrai seus predadores como carangueijos, aves e rãs.
f) Quanto tempo dura o período larval do vaga-lume e onde ele acontece? Resposta: O estágio larval dura seis meses, a maior parte dos quais passada debaixo da terra.
g) Como a fêmea faz para atrair o macho? Resposta: Para compensar a falta de asas, desenvolveu-se algo muito especial durante a evolução do vaga-lume: pequenas glândulas que segregam luciferina, uma substância que em determinadas condições se torna luminescente. A luz verde é o sinal para que o macho interrompa seu balé aéreo e venha juntar-se à fêmea.
h) Qual dos insetos têm asa, o macho ou a fêmea? Resposta: O macho.
i) As luzes emitidas pelos vaga-lumes têm calor? Explique sua resposta. Resposta: NÃO. Porque é um processo chamado de "oxidação biológica" e permite que a energia química seja convertida em energia luminosa sem a produção de calor.
j) É verdadeiro dizer que as luzes dos vaga-lumes têm a mesma cor? Justifique sua resposta. Resposta: NÃO. As luzes têm diferentes cores, pois variam de espécie para espécie e nos insetos adultos facilitam a atração sexual. Os lampejos equivalem ao início do namoro: são códigos para atrair o sexo oposto. Mas a luminescência também pode ser usada como instrumento de defesa ou para atrair a caça.

Aula II

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO II: A REVOLTA DOS VAGA-LUMES (Todas as respostas deverão ser lidas por cada grupo e caso haja divergências que seja feito um debate para entrarem em um consenso. O mais importante é que respeitem a opinião do próximo. Neste sentido a intervenção da professora é fundamental)

1) Vamos dividir o segundo texto “A REVOLTA DOS VAGA-LUMES” em parágrafos de acordo com o assunto principal e dá-los subtítulos? Esta atividade também pode ser feita em grupo de 4 alunos no máximo. Cada grupo divide e lê para a classe sua divisão com o subtítulo correspondente.
2) Onde é mais fácil visualizar os vaga-lumes e por quê? Nas roças ou onde não há energia elétrica ou até mesmo luz da lua.
3) Os vaga-lumes trabalhavam com amor? Por quê? Resposta: pessoal do aluno ou grupo...mas diante do texto seria plausível a resposta SIM.
4) Quando os bichos começaram a criticar dos vaga-lumes e por quê?
5) A lua cheia também criticava dos vaga-lumes? Copie do texto o trecho que confirma sua resposta.
6) Os vaga-lumes se revoltaram com qual situação? E como fizeram demonstrar essa revolta?
7) Os vaga-lumes deram respostas quanto ao sumiço. Como foi esta resposta? Você concordou com a forma que responderam? Por quê?
8) Você acha que essa revolta demorou a acontecer ou deveria ter acontecido antes? Por quê?
9) Como os outros animais da floresta reagiram à revolta?
10) Aconteceu na mata uma festa. Que festa era essa e quem organizou essa festa?
11) Houve um levantamento de um contra-tempo durante a festa? Qual foi este levantamento e o que fizeram ou pensaram os organizadores?
12) Por que os animais não convidaram os vaga-lumes para a festa?
13) Como foi a festa?
14) Como os vaga-lumes reagiram quando foram questionados por sua ausência? Você concordou com o modo que responderam? Por quê?
15) Em um diálogo, alguns animais descobriram a causa da revolta. Quais foram esses animais?
16) Você acha que eles fizeram algo para se redimir com os vaga-lumes?
17) Quanto tempo durou a revolta dos vaga-lumes?

AULA III

PRODUÇAO DE TEXTO: (que pode ser dado como atividade para casa e lido voluntariamente na aula seguinte)

1) Crie um final FELIZ DIFERENTE para este texto.


SUGESTÃO: Para incrementar ainda mais a aula, há uma música do PATO FU, chamada VAGA-LUME, minha sugestão seria de colocá-la bem baixinho ao fundo durante as atividades e somente no final, de todo processo do plano poderiam até cantar a música juntos.



Vagalume
Pato Fu
Composição: Fernanda Takai

Quando anoiteceu
Acreditei que não veria mais
Nenhum luar
Nem o sol se levantar enfim

Mas na escuridão eu te encontrei
A noite agora vem pra me dizer
Que o luar vai me trazer você

Uma vida brilhava ali
Peguei você
Com cuidado em minhas mãos eu quero te guardar
Só pra te ver piscar pra mim
Pois minha casa tão vazia quer se iluminar
Nem preciso te contar eu sei

Vem acende a sua luz perto de mim
Estrelinha do meu jardim
Me deixa ser teu céu pra sempre

Vem acende a sua luz perto de mim
Estrelinha do meu quintal
Na madrugada vagalume

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

DESPERTANDO CURIOSIDADE


Essa é uma atividade para todas as Fases do Ensino Fundamental.

Cada criança é um ser único. A individualidade deve ser respeitada. O importante será que despertem o interesse pela leitura, comuniquem suas idéias aos companheiros e que preconceitos e estereótipos possam ser detectados e superados.

É uma excelente aula para ser dada no início do ano letivo e ao longo dele também, buscando sempre novos textos e rompendo barreiras que possam vir a surgir.

Didática:
a) O educador pode preparar uma curta exposição oral do que será a aula;
b) Procurar material didático para chamar a atenção sobre a aula;
c) Programar atividades nas quais os alunos tenham participação ativa;
d) Utilizar sempre um vocabulário apropriado
e) Anotar ocorrências interessantes durante as aulas.


Objetivos:
a) Despertar a curiosidade para o desejo de pesquisar, conhecer, saber;
b) Aprender a dialogar com os colegas, questionar, discutir assuntos, refletir;
c) Desenvolver o espírito crítico;
d) Cultivar a tolerância para com as idéias dos outros;
e) Participar ativamente da vida intelectual;
f) Discutir valores;
g) Preparar-se para a auto-educação;
h) Adquirir ferramentas para o processo de auto-conhecimento. Perguntar: quem sou eu?
i) Aumentar a auto-estima;
j) Abrir os horizontes do conhecimento.

Atividade:

Material:
1 bola colorida (Se possível uma bola daquelas enormes usadas para terapia sobre as quais as crianças poderão deitar, caso não seja possível, pode ser uma bola comum...)
lápis de cor e folhas de papel

A) Os alunos deverão se sentar em círculo. A criança que recebe a bola que será jogada levemente por um companheiro, deverá dizer:

a) seu nome
b) seu animal preferido
c) seu hobby preferido. (Por hobby podemos englobar qualquer atividade prazerosa, como por exemplo: esportes, artes, colecionar objetos, leitura, escutar música, passear com o cachorro, até assistir televisão).
A professora deverá enfatizar que a bola deve rolar no chão de maneira SUAVE e deverá passar a todos os alunos aleatoriamente. Se um aluno jogar a bola em algum colega que já se apresentou, este seguirá o jogo em algum que não tenha se apresentado até que todos tenham recebido a bola.


B) A professora distribuirá folhas de papel para que cada aluno desenhe o animal preferido e escreva o hobby preferido. Os alunos deverão ficar como desenho.

C) Em seguida os alunos serão distribuídos em grupos de acordo com o animal preferido. Cada grupo deverá ter no máximo 06 crianças e no mínimo 03. Se alguma criança tiver animais que não seja igual do grupo poderá ser formado um grupo com animais diferentes.


D) Formados os grupos, cada criança falará do bicho que escolheu como preferido. Por exemplo: Gosto de gatos porque são animais inteligentes, são mansos, são carinhosos... tenho 01 gato em minha casa que se chama MMMMM... ou apesar de gostar de gatos não tenho nenhum porque sou alérgico à pêlos...

Cada aluno deverá falar aproximadamente 01 minuto. A professora ficará auxiliando os grupos que tenham dificuldades para desenvolver a atividade e deverá anotar o que achar de interessante. O importante é que todas as crianças falem e que as outras escutem e respeitem a opinião do colega.


E) Terminada a primeira parte, os alunos farão novos grupos e se reunirão por hobby. Caso haja um grupo muito grande, este deverá ser dividido em 02 ou 03 grupos e poderá ser formado grupos com hobby diferentes.


F) Terminado o diálogo sobre o hobby, solicitar aos alunos que sentem em círculo, para a discussão sobre COMPANHEIRISMO E AMIZADE.


Observações, sugestões e questionamentos:

(Cada aluno deverá respeitar a vez do colega para falar)


a) O grupo do bicho preferido e o grupo do hobby estava composto pelos mesmos integrantes?

b) O que nos aproxima dos outros? Nos aproximamos dos outros quando temos gostos semelhantes, idéias parecidas ou quando nossos gostos são diferentes?

c) O que nos separa dos outros? Opiniões diferentes, gostos diferentes, instituições diferentes como religiões, times de futebol?

d) O grupo do bicho preferido e o grupo do hobby eram diferentes. Quer dizer que podemos unir pessoas diferentes segundo gostos e atividades?

e) Temos que rejeitar ou aceitar o diferente?

f) Provocar discussões sobre as diferenças. Como aceitar as diferenças? Como procurar pontos de contato - como na prática do bicho preferido e do hobby para ter mais amigos?

g) Existem países que são amigos e países que são inimigos? A amizade leva para a paz ou para a guerra? Existem preconceitos? O grupo tem algum preconceito? Qual? O que deve ser feito para que este preconceito desapareça?


(Adaptação feita por Simone Malta do livro Suplemento para professores, páginas 10 a 18)